O Alto Tietê sofre ano após ano com enchentes que devastam bairros, deixam famílias desabrigadas e causam prejuízos incalculáveis. A cena se repete como um ciclo sem fim, e a solução, apesar de debatida exaustivamente, esbarra na burocracia e na falta de alinhamento entre municípios e Estado.
Foi para tentar romper esse impasse que os prefeitos do Condemat+ se reuniram com representantes do governo paulista, cobrando medidas efetivas para desburocratizar o acesso aos recursos destinados à drenagem e combate às enchentes (os detalhes estão no nosso portal: https://abre.ai/mjbd).
Os investimentos em limpeza de rios e escoamento das águas são fundamentais, mas de nada adiantam se os municípios enfrentam dificuldades para acessar os recursos. Não se trata apenas de preencher formulários ou atender prazos rígidos, mas de garantir que os projetos necessários sejam executados para proteger a população.
O desassoreamento do Rio Tietê e outras obras de drenagem não podem ser apenas promessas de gabinete. É preciso que o governo estadual compreenda a urgência da questão e facilite os trâmites burocráticos. Quando um projeto não sai do papel por questões formais, quem perde não é o prefeito, nem a secretaria, mas sim o cidadão que vê sua casa alagada e seus bens destruídos.
A reunião demonstrou que há disposição para estreitar essa parceria. Mas boas intenções não bastam. O que se espera agora são ações concretas. A população do Alto Tietê está cansada de esperar.
