A escalada de violência policial em São Paulo nos últimos dias expôs, mais uma vez, a fragilidade da política de segurança do governador carioca de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Casos brutais, como os registrados em abordagens policiais, com direito a homem arremessado de ponte, idosas sendo espancadas e mortes com tiros pelas costas, geraram um tsunami de indignação pública. A recusa inicial de Tarcísio em valorizar a importância das câmeras corporais na PM, seguida de um tardio mea-culpa, evidenciam um governo que só age sob pressão, e não com base na preocupação com o cidadão. Ao minimizar inicialmente o uso de tecnologia para monitorar ações policiais, o governador falhou em priorizar os direitos humanos e a transparência. Sua postura errática e a resistência em reformar profundamente a corporação mostram um desprezo pela população mais vulnerável, muitas vezes vítima de uma abordagem militarizada que reforça desigualdades históricas. O recuo de Tarcísio sobre as câmeras corporais, agora defendidas como “essenciais”, é mais uma tentativa de amenizar as críticas do que como uma diretriz estratégica. Sua gestão parece presa a uma lógica de improviso, enquanto vidas seguem sendo ceifadas nas periferias. A sociedade exige mais: não basta recuar, é preciso um líder com coragem moral e compromisso com uma segurança pública inclusiva e justa, coisa que está longe do atual governador, que se esforça em trazer o Rio de Janeiro para São Paulo. Basta! Tarcísio: volta pro Rio de Janeiro!
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Com várias opções gastronômicas e boa música ao vivo, evento passa a ser atração também no final de semana neste mês de dezembro
Iniciativa visa reconhecer e valorizar profissionais que se destacam pela dedicação e excelência no atendimento diário à população
Medidas econômicas anunciadas pelo Ministro Fernando Haddad apontam para correções de absurdos, principalmente nos gastos com militares
A saúde é um direito constitucional e deveria ser uma garantia para todos. Mas a realidade do Alto Tietê revela um cenário desafiador
Em entrevista ao programa Política Se Discute, conduzida pelo jornalista Lailson Nascimento, desta GAZETA, o presidente da Câmara de Itaquaquecetuba, o vereador reeleito David Neto, fez graves denúncias sobre a atuação da Sabesp, que afetam não apenas aquele município, mas também a todo a região do Alto Tietê e grande parte do Estado. De acordo com ele, a recentemente privatizada Sabesp tem lançado toneladas de esgoto não tratado diretamente no rio Tietê. Caso seja confirmada a denúncia, temos um descarte irresponsável de material que deveria ser tratado justamente pela Sabesp e que, uma vez no rio, prejudica a saúde pública e ainda aumenta o risco de enchentes, contaminando as casas e as vidas dos moradores com águas poluídas e esgoto. Outra denúncia estarrecedora do vereador, dá conta de que o trabalho da empresa contratada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica, o DAEE, para fazer a limpeza e desassoreamento do rio, avança a passos de tartaruga. Enquanto isso, os moradores dos bairros do entorno do rio tremem só de lembrar que a temporada de chuvas está próxima e com ela vem o risco de, mais uma vez, perderem tudo que têm em novas enchentes. É inaceitável que a Sabesp e as empresas terceirizadas lucrem com a destruição do meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos. O governador Tarcísio de Freitas, a Sabesp e o DAEE precisam agir com urgência. Além disso, cabe à Polícia Ambiental investigar as denúncias de crime ambiental e garantir que os responsáveis sejam penalizados. O compromisso com o meio ambiente e a dignidade humana não pode ser adiado.
A quase bipolar relação do governo do Estado com a região do Alto Tietê é das coisas mais estranhas que se tem notícia na política. Se o assunto for Saúde, a estranheza fica ainda maior. E quem deixa essa impressão são os próprios prefeitos que hoje ocupam as cadeiras. Nem todos expressam aberta e publicamente, mas a maioria passou muito tempo incomodada com o distanciamento do governador carioca de São Paulo, Tarcísio de Freitas e, principalmente, com o isolamento de seu secretário, Eleuses Paiva. Nesta semana, o presidente do Condemat e prefeito de Salesópolis, Vanderlon Gomes, expressou esse descontentamento de forma mais veemente. Nas palavras dele, “infelizmente o secretário estadual não trata a região [do Alto Tietê] com o respeito que nós merecemos. Nós temos sete hospitais regionais, está sendo construído mais um hospital no município de Arujá, mas só os prédios, porque o que a gente mais pede, infelizmente, não estamos sendo ouvidos, não estamos sendo atendidos”. Questionada por esta Gazeta sobre os motivos pelos quais o secretário Paiva não atende os prefeitos, a assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde desconversou. Nesta sexta, no entanto, o governador recebeu a prefeita eleita de Mara Bertaiolli e garantiu que agora a cidade vai começar a viver uma nova era. A população de Mogi agradece. Mas, afinal, se o problema do governador é com os atuais prefeitos, é justo que a população das dez cidades de uma das maiores e mais importantes regiões do Estado pague o preço?
A fome voraz do ‘tarcisismo’ se alastra por todo o estado, em diversas áreas, de rodovias à Sabesp, a CPTM e até escolas
Nas eleições de 6 de outubro, o cidadão comum cobrou duramente os candidatos a prefeito, principalmente aqueles que estão no cargo e buscavam a reeleição, por conta das péssimas condições dos serviços de saúde. As maiores reclamações sempre foram em relação à dificuldade de conseguir cirurgias e consultas com médicos especialistas, procedimentos que não são responsabilidade dos municípios e sim do governo estadual. O eleitor, registre-se, não tem obrigação nenhuma de saber disso. A saúde pública no Alto Tietê, de fato, está em estado crítico. E o principal culpado é o governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas. O mesmo Tarcísio que, em setembro de 2022, ainda candidato, prometeu que reabriria o Pronto Socorro do Hospital Luzia de Pinho Mello, fechado desde 2020. Eleito, nunca cumpriu a promessa. As perspectivas não são boas. No início do mês, o governador anunciou um novo modelo de gestão hospitalar para três hospitais gerais paulistanas, transferindo para Organizações Sociais de Saúde (OSS) as responsabilidades que são do Estado. É a terceirização da saúde a pleno vapor e que deve chegar à região do Alto Tietê, primeiramente pelo Hospital Geral de Ferraz de Vasconcelos e pelo Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Jundiapeba. É a política do governador carioca de São Paulo: em vez de solucionar os problemas, terceiriza suas obrigações, como já fez no setor de energia, que resultou em caos na cidade de São Paulo, com o apagão que deixou milhões sem eletricidade por quase uma semana. É o verdadeiro salve-se quem puder!
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