24/04/2025
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Trump, tarifas e o jogo do comércio: lições estratégicas para empreendedores brasileiros

Confira o novo artigo de opinião do economista Josué Coimbra

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No dia 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu uma guerra comercial global. Ao anunciar o maior pacote de tarifas da história norte-americana, ele não só alterou o jogo do comércio exterior, como escancarou uma realidade que todo empreendedor precisa entender: no mercado global, quem manda define as regras.

O que isso tem a ver com você, empreendedor?

Tudo. Se você vende, importa, produz ou pensa em escalar seu negócio para além das fronteiras, precisa compreender como movimentos geopolíticos afetam diretamente seus custos, sua competitividade e suas oportunidades.

  1. Protecionismo não é palavrão — é estratégia

Trump não está apenas impondo tarifas: ele está protegendo a indústria local e forçando renegociações comerciais. O Brasil, por outro lado, abriu suas fronteiras nos anos 1990 sem a devida proteção à sua indústria — e pagou caro por isso. Hoje, nossa economia é baseada em commodities e serviços de baixo valor agregado.

Lição: valorize a produção local. Se você empreende no setor industrial ou pensa em montar uma fábrica, o momento pode ser favorável. O mundo está revendo a dependência global e aproximando cadeias produtivas.

  1. Cuidado com o discurso de “livre mercado”

Enquanto vendem a ideia de liberdade econômica, as grandes potências adotam o protecionismo quando lhes convém. Isso vale também no mundo corporativo: grandes empresas negociam isenções, incentivos e barreiras técnicas.

Lição: entenda as regras do mercado, mas saiba que elas não são imutáveis.

  1. Novas oportunidades com a China

Se os EUA fecham suas portas, a China pode abrir as dela. O agronegócio brasileiro pode se beneficiar disso — mas não apenas ele. Pequenas e médias empresas que souberem se posicionar como fornecedoras de soluções, tecnologia ou alimentos para o mercado asiático podem crescer.

Lição: acompanhe as mudanças nos fluxos comerciais globais e veja onde você pode se inserir. Exportar não é mais só para grandes empresas.

  1. Dólar alto e inflação:

A tendência de valorização do dólar impacta diretamente os custos de quem depende de insumos importados. Planeje bem seus estoques, revise contratos e considere alternativas nacionais para reduzir sua exposição cambial.

Lição: resiliência financeira é questão de sobrevivência em tempos de instabilidade global.

Conclusão: o mundo mudou — e continuará mudando. Você também precisa mudar todos os dias.

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josue-coimbra

Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 67