Após a nomeação de Marco Bertaiolli (PSD) para novo conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) realizada na semana passada, o Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, durante sessão extraordinária desta terça-feira (12), a indicação do deputado federal ao novo cargo.
Bertaiolli ocupará a vaga deixada pelo conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, que se aposentou do cargo após 32 anos no TCE-SP. O deputado federal foi escolhido para a vaga ao reunir as assinaturas de 62 dos 94 parlamentares da Alesp. Outros três indicados concorreram ao cargo: Alexandre Manir Figueiredo Sarquis, Maxwell Borges de Moura Vieira e Ricardo Madalena.
A indicação ao quadro de conselheiros do Tribunal de Contas por parte do Legislativo Estadual está prevista na Constituição do Estado de São Paulo e deve ser feita por meio de um projeto de decreto legislativo. Tão logo o PDL 32/2023, aprovado pelo Plenário da Alesp nesta terça, seja promulgado pela Mesa Diretora da Casa, Bertaiolli poderá ser nomeado no TCE-SP.
Como parte do processo de indicação da Assembleia Legislativa de São Paulo ao Tribunal de Contas do Estado, Bertaiolli foi submetido a uma arguição pública junto aos deputados paulistas.
Na sabatina, o indicado defendeu que o trabalho fiscalizatório do Tribunal, especialmente o incidente sobre as gestões municipais, foque a função orientativa em detrimento da punitiva. “Que a orientação seja cada vez mais presente e a punição apenas uma consequência daquilo que seja inevitável, mas ela [a punição] não pode ser um fim”, frisou o indicado.
Bertaiolli, que exerceu dois mandatos de prefeito de Mogi das Cruzes, traçou um paralelo entre as limitações técnicas dos municípios paulistas. “Precisamos, de uma forma muito consciente, técnica e responsável, separar o erro do dolo. Nosso caminho não é criminalizar a atividade pública, é oferecer condições técnicas de suporte a todos os municípios para que possam ter uma gestão pública de qualidade”, declarou.
Na arguição, o deputado federal ressaltou que, em face de restrições orçamentárias, é necessário qualificar o gasto público. “Cada centavo precisa ser absolutamente analisado na sua eficácia e, acima de tudo, monitorado periodicamente na efetividade dos resultados”, sublinhou.