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‘Os passos que temos de dar são regionais’, diz Lucena sobre turismo no Alto Tietê

Confira a entrevista exclusiva concedida pelo secretário estadual de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena, à GAZETA
Secretário falou com exclusividade à GAZETA
Secretário falou com exclusividade à GAZETA - Foto: Cecília Siqueira

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Nos últimos meses, cidades de São Paulo se preparam para o ranqueamento, realizado pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, que classifica, baseado em diversos critérios predefinidos, a divisão entre Estâncias e MITs (Municípios de Interesse Turístico), títulos que definem o volume de repasses que cada um receberá. O tema afeta diretamente os interesses do Alto Tietê.

Sobre isso, e questões como a realização de um plano regional de desenvolvimento turístico, a GAZETA conversou – com exclusividade – com o titular da pasta estadual, o ex-deputado federal Roberto de Lucena.

Confira a entrevista na íntegra:

GAZETA: A secretaria está, neste momento, no processo de realização do ranqueamento de municípios no turismo. Em que passo está?

Roberto de Lucena: O ranqueamento, por legislação, é definido para o dia 30 de abril, então, nós abrimos o sistema para que os municípios turísticos pudessem alimentá-lo. Estabelecemos como prazo para que eles inserissem os dados o dia 30 de abril e eles têm até o dia 30 de junho, dois meses, para fazerem adequações e ajustes nos dados que foram inseridos. Daí, nós temos um período de 40 dias, onde o time técnico, a comissão definida para fazer a análise do ranqueamento, estará fazendo aplicação dos critérios.

GAZETA: O senhor é do Alto Tietê, portanto, sabe da importância do turismo para a região. Na sua visão, quais as expectativas para as cidades neste ranqueamento?

Lucena: Bom, nós temos aqui Santa Isabel, Mogi das Cruzes, Guararema e Poá como Municípios de Interesse Turístico [MIT] e, no ranqueamento, nós teremos a possibilidade de que pelo menos cinco municípios que são de interesse turístico se classifiquem de forma que possam ser Estância. E temos cinco Estâncias que naturalmente deixarão de estar Estâncias, para tornar-se MIT. O Alto Tietê está se organizando bem, participando com boas condições desse ranqueamento. Nós temos municípios que não eram MIT, que estão pleiteando com boas chances de estarem conquistando o MIT, a exemplo de Arujá.

GAZETA: Como o senhor citou, há a expectativa de algumas cidades subirem de colocação, sendo Guararema uma das grandes favoritas. O senhor concorda com essa colocação?

Lucena: Eu acho que Guararema é um MIT que reúne excelentes condições de pontuação. É claro que eu não consigo antecipar cenários, mas é um município que está organizado, é um dos melhores, um dos mais bem organizados e mais desenvolvidos municípios turísticos que nós temos no Estado de São Paulo.

GAZETA: No último ranqueamento, a gente tem notícia de municípios que, à época, reclamaram dos critérios adotados. Houve mudanças de lá para cá? Quais foram?

Lucena: Nós publicamos todos os critérios, que foram ajustados com as associações que representam os municípios turísticos. Com isso, nós aumentamos a margem de aplicação de critérios técnicos e definidos em relação ao ranqueamento. Eu penso que não ficarão dúvidas em relação à maturidade do processo, à lisura do processo e à condição em que ele está sendo feito.

GAZETA: Agora abrindo um pouco o leque do assunto, como tem sido a relação da Secretaria Estadual com o Alto Tietê?

Lucena: A Secretaria de Turismo tem apoiado os eventos do Alto Tietê, os municípios turísticos, por meio dos repasses do DADETUR (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos). Agora, o nosso grande desafio é organizarmos um plano de desenvolvimento regional de turismo, feito com o Condemat+, com os municípios que estão na região do Alto Tietê, com participação da Secretaria de Estado de Turismo e Viagens. Porque as soluções que nós precisamos, os passos que nós temos que dar, são regionais.

GAZETA: E como está sendo esse processo?

Lucena: Nós estamos dialogando com o Condemat+, com o SEBRAE, com outras estruturas de Estado, o SENAC, o Sistema S como um todo, para viabilizarmos. Nós temos como prioridade esse mapeamento e esse planejamento, porque eu entendo que os municípios não concorrem entre si. Pelo contrário, se nós identificarmos essa sinergia e trabalharmos conjuntamente, nós podemos potencializar, porque quem vem de fora, ou até mesmo do Estado de São Paulo – que é o maior polo emissor de turismo que nós temos-, quer saber o que nós temos para oferecer na região, ele não vem para um ponto único.

GAZETA: Esse plano, é claro, ainda está em fase inicial, mas ele leva em consideração também os municípios que não têm essa pujança no setor do turismo?

Lucena: Certamente. Itaquaquecetuba, por exemplo, nós temos logo aqui na divisa o Parque Tietê, que é um ambiente com grande potencial turístico. Como esse, nós temos outros também. Então, todos os municípios têm alguma coisa que nós podemos estar atuando em relação ao turismo; ou no desenvolvimento de atrativos, ou, então, a partir do turismo de compras, do turismo de negócios. Por isso, esse mapeamento; por isso, esse plano regional é fundamental.

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