O novo secretário estadual de Turismo e Viagens de São Paulo, Roberto de Lucena, já tem uma meta bem definida para o setor: assegurar ao setor o maior crescimento dos últimos cinco anos já em 2023. Escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ocupar a mesma cadeira pela qual passou entre os anos de 2015 e 2016, Lucena tratou de detalhar o planejamento de curto, médio e longo prazo na última quinta-feira (12), quando recebeu veículos de imprensa na sede da Secretaria, em São Paulo. À GAZETA, o ex-deputado federal também garantiu que será um defensor do Alto Tietê na gestão Tarcísio.
Segundo o que foi antecipado pela equipe de Lucena, o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo, estima que a economia do setor deva crescer 7,8% em 2023. Com isso, o PIB do turismo paulista atingirá o valor de R$ 299,4 bilhões, destacando o Estado de São Paulo como o maior polo turístico do país.
O avanço se deve principalmente ao turismo doméstico. São esperados 45 milhões de turistas nacionais, estimulados por três grandes atividades: o turismo rodoviário, a hotelaria e o setor de bares e restaurantes, 1 milhão de turistas a mais em relação a 2019, último ano antes da pandemia.
Por parte da Secretaria, o objetivo é não só manter o planejamento anteriormente definido na agenda 2030, mas ampliar as ações.
“Havia uma preocupação no trade de uma interrupção na agenda 2030. Mas a agenda 2030 não é uma agenda da Secretaria, é uma agenda que foi desenvolvida por vários atores, dentre os quais o trade, a academia e o próprio governo. Então, nós assumimos o compromisso com o Conselho Estadual de Turismo, assumimos compromisso com o governador, assumimos compromisso com o trade, de que a agenda 2030 vai ser mantida, os regramentos, os compromissos, os objetivos. E vamos ampliar a 2030”, frisou Lucena.
Dentre as mudanças, destaque para o fomento da infraestrutura turística por meio das Estâncias e dos MITs (Municípios de Interesse Turístico). Por um lado, a proposta de Lucena é chegar a 75 Estâncias (hoje são 70) e 175 MITs (existem 140, atualmente). Além disso, os critérios que definem a divisão entre Estâncias e MITs (cada categoria recebe valores diferentes de repasse) deixarão de ser subjetivos, dando condições igualitárias de classificação.
“É uma satisfação muito grande estar de volta ao Turismo de São Paulo, estou voltando com muito entusiasmo. Até porque nós não estamos falando mais em recuperação neste ano de 2023. Consideramos que o mercado já se recompôs, estamos em outra fase, e agora falamos em crescimento efetivamente. Por parte do Estado, devemos transferir algo em torno de R$ 550 milhões para os Municípios Turísticos”, concluiu o secretário.
