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Zumbi?! Está na hora de valorizar os verdadeiros abolicionistas

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O dia 20 de novembro é conhecido como o Dia da Consciência Negra. No entanto, o que a maioria das pessoas não sabe é que esse dia é também uma homenagem a Zumbi dos Palmares.

Veja que irônico: lutamos contra o racismo, o preconceito e buscamos uma vida com melhores oportunidades para a nossa comunidade. E naquele dia, que deveria ser um momento de reflexão, homenageamos uma figura cuja biografia apresenta uma passagem turva, pois não é consenso entre os historiadores se Zumbi tinha ou não escravos.

Por mais estranho que possa parecer, há relatos que sugerem a existência de escravidão dentro de Palmares. Alguns registros da época mencionam que havia escravos em Palmares.

Eu me pergunto: por que não elevamos de nossa história figuras como José do Patrocínio, jornalista, escritor, político e ativista? Ele era chamado de Tigre da Abolição e ajudou a criar instituições que combateram a escravidão.

Luiz Gama, jornalista e escritor, teve uma atuação destacada ao longo do século XIX. Nascido de mãe africana livre, foi vendido como escravo por seu pai. Reconquistou sua liberdade e se tornou um importante intelectual, libertando mais de 500 pessoas escravizadas.

André Rebouças, engenheiro e abolicionista, foi um dos principais defensores do fim da escravidão no Brasil. Como tesoureiro da Confederação Abolicionista, fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e promoveu a inclusão dos negros libertos na sociedade, além de lutar pela reforma agrária para garantir terras aos ex-escravizados.

Esses homens não só batalharam pela liberdade, mas também trabalharam pela inserção social dos negros libertos, defendendo causas que ainda ressoam hoje.

Vale ainda mencionar o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis. Embora sua luta contra a escravidão tenha se dado principalmente por meio da literatura e do serviço público, ele também defendeu a liberdade dos escravos.

Substituir Zumbi não é apenas um ato de rebeldia contra o sistema opressor, mas uma mudança de perspectiva histórica, valorizando os negros que realmente se destacaram pela sua preocupação com nossa liberdade plena e também por uma vida melhor aos ex-escravizados.

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josue-coimbra

Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 53