Quando uma pessoa conta uma mentira, dependendo da conversa, ela é capaz de fazer um estrago na vida de alguém. Imagine, então, o que não acontece quando “uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”, conforme dissera Joseph Goebbels, um dos defensores do extermínio de judeus durante o regime nazista.
Na próxima página (confira a edição 510 da GAZETA), contamos a história do assassinato de Rafael dos Santos Silva, que foi brutalmente espancado devido a uma grave mentira (ou fake news, como se diz atualmente).
Sabemos que fake news existem desde que o mundo é mundo. Porém jamais houve tamanho volume em tão curto espaço de tempo como se vê nos dias atuais. E foi justamente a rapidez e a grande quantidade de pessoas dizendo a mesma mentira que culminou na morte estúpida. Quantas mortes não acontecem no país e no mundo devido à propagação de fake news?
Outra morte devido a uma “história mal contada” aconteceu ainda em 2023. A página de fofocas Choquei, uma das maiores do ramo e conhecida pelo desleixo na apuração de suas publicações, virou notícia policial após o suicídio de Jéssica Vitória Canedo, 22 anos.
Segundo sua família, ela não suportou as críticas e ameaças que recebeu após ter seu nome divulgado pela página como um suposto affair do comediante Whindersson Nunes. Ambos negaram sequer se conhecer.
Jéssica e a mãe publicaram textos pedindo que parassem os ataques e que a página apagasse a postagem. Mas a Choquei ironizou o pedido. No dia 22 de dezembro, Jéssica se matou.
A pergunta que fica: até quando isso vai acontecer?