Presas em Ferraz, 20 pessoas são denunciadas pelo MP-SP por falsificação de bebidas

Segundo o Ministério Público, eles podem responder por associação criminosa e falsificação de produto para consumo
Foto: Pablo Jacob / Governo de SP

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Na última terça-feira (30/9), o promotor Felipe Ribeiro Santa Fé denunciou, por associação criminosa e falsificação de produto destinado ao consumo, 20 pessoas flagradas adulterando bebidas alcoólicas em um galpão situado em Ferraz de Vasconcelos. Todos os 11 homens e as nove mulheres já tiveram suas prisões preventivas decretadas. Ainda não há comprovação de uso do metanol.

Segundo Santa Fé, no imóvel situado à Avenida do Paiol, bairro Chácara, policiais civis encontraram uma robusta estrutura de falsificação, com grande quantidade de insumos e itens adulterados, “bem como a clara divisão de tarefas, demonstrando a estabilidade e permanência da associação criminosa; e revelando a gravidade concreta das condutas e o risco de reiteração delitiva”. A diligência ocorreu em 23 de setembro deste ano.

A ação ocorreu três dias antes do alerta emitido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre os primeiros nove casos de contaminação por metanol no estado de São Paulo.

Segundo a Polícia Civil de Santo André, que conduziu a operação, a investigação era sobre crimes de receptação de bebidas alcoólicas que seriam distribuídas na cidade. Foram encontrados materiais usados na adulteração, como garrafas, rótulos, tampas e equipamentos de produção e armazenamento. No local, o grupo foi flagrado manipulando os produtos.

De acordo com o governo paulista, entre os presos e denunciados está o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado. No ano, já foram presas 41 pessoas acusadas de adulteração de bebidas. Conforme o governo, as prisões realizadas até o momento não têm relação entre si e vínculo com o crime organizado.

Metanol 

Até a manhã desta terça-feira (7), o estado contabiliza 15 casos confirmados, com dois óbitos (homens de 54 e 46 anos, residentes da capital). Há ainda 164 casos em investigação, incluindo seis óbitos suspeitos — três na cidade de São Paulo (36, 45 e 50 anos), dois em São Bernardo do Campo (49 e 58 anos) e um em Cajuru (26 anos). Todos os óbitos em investigação e confirmados são de homens.

As principais linhas de investigação da Polícia Civil de São Paulo são contaminação por metanol usado na limpeza de garrafas reaproveitadas e uso de metanol para aumentar o volume de bebidas adulteradas.

O Ministério da Saúde anunciou que recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol no país após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 estão em investigação.

 

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