O mundo perdeu um grande homem. É assim que aquele que passou mais de uma década referenciado como “Sua Santidade” deve ser tratado: um homem cuja grandeza vem justamente de sua profunda humanidade, característica surpreendentemente vista por uma parcela da sociedade como profana. A morte de Jorge Mario Bergoglio significa muito mais que o fim de um papado e pode influenciar os rumos do Mundo, para muito além dos católicos.
Em seus 12 anos como Papa Francisco, o jesuíta argentino não só “abriu as portas” da Igreja, como a colocou na contramão do obscuro cinismo ao qual a humanidade se encaminha. Com forte discurso em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos, ele utilizou sua voz para chamar atenção à necessidade de combater as desigualdades sociais. Mais que isso, disse em alto e bom tom que o amor de Deus é para todos, independentemente de qualquer coisa.
Aqueles que acreditam na limitação do amor do Altíssimo, com a proximidade de um novo conclave, se veem esperançosos de findar o comunismo papal. De acordo com a imprensa internacional, a escolha do novo Papa é tida como um importante objetivo político de Donald Trump.
Tendo em vista sua reação ao discurso da Bispa de Washington em sua posse, no qual ela pedia misericórdia para com os desvalidos, imagina-se o tipo de influencia que o presidente norteamericano pretende exercer.
Mesmo para não católicos, as falas de Francisco eram oásis de civilidade num mundo cada vez mais desumano. Resta esperar pelos rumos da maior instituição religiosa do planeta. E rezar por nós.