Na última segunda-feira (19), o jornal Folha de S. Paulo publicou uma matéria denunciando uma preferência que o Governo Federal, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estaria dando a gestões “amigas” na hora de distribuir verbas extras para a saúde em 2023. Considerando que as prefeituras de todas as cidades do Alto Tietê são comandadas por filiados em partidos ligados à oposição, em sua maioria do PL, partido de Jair Bolsonaro, surge o questionamento: como ficamos?
Para falar sobre o assunto, a GAZETA conversou com o prefeito de Salesópolis e presidente do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), Vanderlon Gomes (PL). Questionado, ele diz não ter informações sobre qualquer cidade da região ter recebido a referida verba, mas acredita que não.
De todo modo, sente a necessidade de uma aproximação da região, por meio do consórcio, com a União, coisa que nunca aconteceu.
“Alguns prefeitos já têm uma relação mais próxima com o Governo Federal, mas pelo Consórcio a relação é bem distante desde que ele foi criado. Inclusive, nós queremos aproximar esse ano ainda, com o objetivo de conseguir algumas emendas e recursos para programas regionais”, admitiu.
Vanderlon nega a motivação político-ideológica para a falta de atuação em conjunto, e faz a autocrítica: “não é por culpa dos governantes, é uma falta de articulação nossa.”
Uma das principais formas de fazer esse “meio de campo” é através de deputados federais eleitos pela região. Depois da ida de Marco Bertaiolli (PSD) para o Tribunal de Contas do Estado, restaram no congresso nacional dois representantes, o ferrazense estreante Rodrigo Gambale (PODE) e Marcio Alvino (PL), que, também nesta semana, seguiu seu partido e assinou um pedido de impeachment contra o presidente Lula.