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‘Temos que parar de enxugar gelo’, diz conselheiro tutelar eleito em Santa Isabel

Eleito pela primeira vez, Vicente Ferreira defende que conselho se relacione com o poder público mirando prevenção
Vicente Ferreira já vem se dedicando a ações cujo foco são as crianças
Vicente Ferreira já vem se dedicando a ações cujo foco são as crianças - Foto: Divulgação

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No dia 1 de outubro, quando teve início o “Mês das Crianças”, cidades de todo o Brasil tiveram escolhidos os membros de seus Conselhos Tutelares, ou seja, as pessoas que passarão os próximos quatro anos com a responsabilidade de atender crianças e adolescentes que tenham seus direitos violados. Pensando no tamanho dessa responsabilidade, a GAZETA então procurou um desses eleitos na cidade de Santa Isabel, o estreante Vicente Ferreira.

Vicente é paulistano, mas se tornou isabelense há 15 anos, período esse em que manteve a forte atuação no terceiro setor que já tinha na capital paulista. Ele trabalhou por anos na Aprofe (Associação Pró-Falcemicos), instituição especializada no atendimento a portadores de doença falciforme, uma anemia hereditária que atinge principalmente pessoas negras, pela qual seus corpos falham em produzir hemoglobinas, dificultando assim a oxigenação do sangue e consequentemente de todos os órgãos.

Graças a esse trabalho, pôde ter contato próximo com pessoas de todas as idades, mas acabou por se aproximar cada vez mais com a causa da proteção da infância e juventude. Já em Santa Isabel, se dedicou a projetos que carregam essa bandeira, como é o caso do “Faça uma Criança Feliz”, que leva a diferentes bairros uma série de serviços para os pequenos, como doação de roupas e calçados, pintura de rosto, brincadeiras, contação de histórias, doação de livros, comes e bebes, e para suas famílias.

Questionado sobre as expectativas para o cargo de conselheiro tutelar, ao qual assume em janeiro de 2024, destaca que as decisões do órgão são tomadas de forma colegiada, mas não deixa de explicitar suas posições. “Temos que parar de enxugar gelo”, dispara ao dizer que pretende atuar de forma que aproxime o Conselho do poder público municipal no sentido de que sejam desenvolvidas políticas públicas para prevenir que as crianças e adolescentes tenham seus direitos violados.

“O Conselho Tutelar não tem papel de construir políticas públicas, mas nós podemos provocar as autoridades para que atuem nesse terreno da prevenção”, explica. Sua sugestão se dá na criação de espaços públicos que incentivem a arte, o esporte e a educação para crianças e jovens, mas de maneira descentralizada, mais próxima dos bairros mais afastados.

POLÍTICA – Considerando a expressiva votação que conseguiu, principalmente em se tratando de uma eleição não obrigatória, o questionamento sobre suas pretensões políticas se faz inevitável. A resposta, no entanto, foi direta: “Pode escrever com letra garrafais, eu não tenho nenhuma pretensão de me candidatar a nenhum cargo.”

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