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Rumos bizarros de um país sem rumo

A eleição à prefeitura da maior cidade do hemisfério sul do planeta se tornou uma arena de gladiadores, que sangram a democracia brasileira

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Campanhas eleitorais são períodos conturbados em diversos sentidos, para candidatos, imprensa e eleitores. Sempre foi assim, em todos os cantos do mundo. A lógica é simples: para que eu ganhe, o outro precisa perder; joga-se, então, o sangue na água.

Candidatos que dizem fazer campanhas “positivas e propositivas” estão ou se enganando, ou te enganando. O que temos visto nos últimos anos no Brasil, porém, tem ultrapassado qualquer limite.

Esquerdistas vão atrelar à “ode à barbárie” feita pelo bolsonarismo; bolsonaristas vão relembrar o “nós contra eles” de Lula. Ambos estarão certos.

Independentemente de qualquer coisa, um candidato à Presidência foi esfaqueado, uma vereadora assassinada a tiros, ameaças de morte e atentados são cada vez mais rotineiros.

Não bastante, a eleição à prefeitura da maior cidade do hemisfério sul do planeta se tornou uma arena de gladiadores, com candidatos distribuindo porradas, ofensas e ameaças entre si em rede nacional.

Mais surpreendente é que os envolvidos na porradaria, ao invés de rechaçados, são exaltados.

No Alto Tietê vemos candidatos tendo patrimônios incendiados, facada em caminhão de campanha, jornal falsificado, e até candidata que tem como principal realização ter sido presa por baderna.

Um dos principais chavões políticos dos últimos anos tem sido a defesa da democracia. O que está ocorrendo no Brasil, cujo maior exemplo é a eleição em São Paulo, é um claro exemplo do sangramento da democracia brasileira. E tudo televisionado ao vivo.

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