A saúde é um direito constitucional e deveria ser uma garantia para todos. Mas a realidade do Alto Tietê revela um cenário desafiador. A regulação de vagas hospitalares, hoje centralizada na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), tem colocado nossa população em uma situação de vulnerabilidade, enfrentando longas filas e o sofrimento de quem, na maioria das vezes, não consegue o atendimento que precisa no momento certo.
A regionalização do Cross, promessa antiga que agora volta à pauta com o compromisso do secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, precisa deixar de ser apenas um debate e se transformar em ação concreta. A proposta, defendida pelos prefeitos da região, é simples e urgente: reorganizar o sistema para priorizar os pacientes do Alto Tietê em hospitais regionais, reduzindo a incoerência de enviar nossos pacientes para outras localidades enquanto atendemos pacientes de fora.
O discurso do prefeito de Salesópolis, Vanderlon Gomes, é emblemático. Ele destaca o impacto da falta da regionalização: sufoco para as prefeituras, custos elevados e, sobretudo, prejuízos à população. As demais cidades enfrentam a mesma realidade. Não se trata apenas de reorganizar fluxos, mas de dar dignidade à nossa gente.
A regionalização do Cross não é um capricho; é uma questão de justiça social e eficiência administrativa. O Alto Tietê não pode mais esperar. Se a saúde é um direito, que seja assegurado aqui, para quem vive aqui. Que essa reunião prevista para janeiro seja o início de um futuro mais digno para nossa população. O tempo da promessa passou; agora é hora de ação.