2023 não tem sido um ano fácil. Na fase em que a humanidade se encontra, todas as mudanças sóciais, políticas, econômicas e ambientaia – todas interligadas –, almejar a consciência e acompanhar os noticiários nacionais e internacionais têm sido tarefas cada vez mais cansativas, mas não há caminho a não ser a esperança.
É doloroso, a todos aqueles de coração, ver notícias de desgraças atrás de notícias de desgraças. Principalmente considerando que todas elas são frutos diretos ou indiretos da ação humana.
Passamos toda a última semana atônitos com as imagens do ataque do Hamas à população civil israelense e, subsequentemente, os ataques de Israel à população palestina. Tão chocante quanto é acompanhar a guerra de narrativas. Noves fora, são milhares de vítimas.
Anteriormente as atenções estavam voltadas ao leste europeu, no confronto entre Rússia e Ucrânia. Novamente, debates ocorrendo e vidas sendo ceifadas.
Sem falar nos desastres naturais, cada vez mais frequentes graças às mudanças climáticas, que também geram cada vez mais discussões e pouquissimas ações.
No Brasil vemos uma série de pautas completamente descoladas da realidade tomando o espaço de problemas reais.
Fato é: estamos falhando.
O escritor inglês William Shakespeare foi quem eternizou a frase que entitula este texto. Certeiro. A obra de arte chamada ser humano é complexa, por vezes trágica, por vezes cômica, mas ainda assim bela. Ficamos, então, com os Novos Baianos: “por que não viver esse mundo, se não há outro mundo?” É o que nos resta.