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População do Alto Tietê reprova uso do ‘fundão eleitoral’ por candidatos

Marcio Alvino é o único deputado federal da região que não usou fundo eleitoral

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A primeira etapa das eleições desse ano terminam no próximo domingo (2). Embora as pesquisas eleitorais indiquem a necessidade de 2º turno tanto na disputa que envolve o Governo do Estado quanto para a presidência da República, os eleitores de São Paulo já definem seus representantes para o Senado, a Câmara Federal e a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) neste domingo. 

Com apenas 45 dias de campanha e o estado de São Paulo para percorrer, os candidatos dependem, cada vez mais, de materiais como bandeiras, impressos de prestação de contas, adesivos etc para marcar presença em seus redutos eleitorais. E é justamente nesse ponto que a população se questiona: “De onde vem o dinheiro para isso?”.

Na maioria dos casos, os recursos utilizados pelos candidatos vêm do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, isto é, o popular “fundão eleitoral”. Fixado em R$ 4,9 bilhões neste ano, o dinheiro é distribuído entre os partidos políticos, que, por sua vez, encaminham para os candidatos. O fundo eleitoral foi criado em 2017 para suprir as doações antes feitas por empresas, mas proibidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2015.

Com 15,77% do total do fundo, o União Brasil, maior partido do Brasil, criado em 2021 a partir da fusão do DEM com o PSL, teve R$ 782,5 milhões para a campanha eleitoral de 2022. Na sequência de valores aparecem o PT, com 10,15%, o equivalente a R$ 503,3 milhões e o MDB, com 7,2%, R$ 363,2 milhões. PSD tem 7,05%, totalizando R$ 349,9 milhões e o PP, com 6,95%, recebeu R$ 344,7 milhões, seguido pelo PL, com 5,82%, e pelo PSB, com 5,42%. O Novo renunciou ao repasse destinado à legenda.

Diante do tema, a reportagem da GAZETA foi às ruas entender: afinal, a população concorda ou discorda do uso de dinheiro público em campanhas eleitorais? 

Para a monitora escolar Vera Lucia da Costa, 50 anos, o sistema antigo de financiamento era melhor.

“Não acho muito bom o financiamento público. Com empresas seria melhor, porque tem muita malandragem nesse financiamento público.”

Já o pedreiro José Augusto, 46, tem opinião semelhante.

“Geralmente o político que já está no cargo acaba levando vantagem em relação a outros candidatos, né? Quando era no sistema antigo, era cada um por si, então, não ficava nas mãos dos partidos.”

Saiba quanto de recurso os deputados da região já receberam

                                    Fundão eleitoral   Fundo municipal    Doações                           Total

Marcio Alvino            R$ 0,00                      R$ 0,00                          R$ 898.780,00                  R$ 898.780,00

Marco Bertaiolli        R$ 1.400.000,00      R$ 698.800,00             R$ 270.256,44                   R$ 2.364.056,44

Roberto de Lucena   R$ 1.915.000,00       R$ 0,00                           R$ 38.150,00                     R$ 1.953.150,00

Rodrigo Gambale      R$ 1.700.000,00      R$ 0,00                          R$ 0,00                                R$ 1.700.000,00

Marcio Alvino é o deputado federal mais econômico de todo o estado – Em relação aos principais candidatos que são do Alto Tietê e que concorrem ao cargo de deputado federal, Marcio Alvino é o único que está mantendo a sua campanha eleitoral apenas com doações. Segundo levantamento realizado pela reportagem, também é dele a campanha “mais barata” até o momento. 

Procurado para explicar o motivo que o levou a abrir mão de recursos do Fundo Eleitoral, ele disse que entende que o “fundão” é uma forma de diminuir o risco de interferências de pessoas mal intencionadas nas eleições, mas enalteceu que prefere fazer campanha com o apoio de quem reconhece o seu trabalho em Brasília e, por esse motivo, faz doações pessoais e transparentes à sua campanha.

“Eu sou o deputado federal paulista que mais economiza a Cota Parlamentar e estou entre os cinco mais econômicos da Câmara dos Deputados. Não faço uso da cota parlamentar com alimentação, veículos, combustível, estacionamento, pedágios, hospedagem e telefonia móvel. Abri mão da aposentadoria especial, apartamento funcional, auxílio moradia, auxílio mudança e seguro saúde especial. Economizei mais de R$ 1,5 milhão durante o exercício da atividade parlamentar na atual legislatura. Portanto, sigo com o princípio de custar menos ao cidadão paulista e levar cada vez mais resultados.”

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