Os últimos dias serviram mais uma vez para comprovar como as fake news ameaçam a todos, sem distinção, prejudicando diretamente a vida das pessoas, inclusive na questão da economia. O Pix, uma ferramenta essencial que transformou vida de milhões de brasileiros nos últimos anos, sofreu um ataque brutal, com consequências que ainda seguirão sendo sentidas por um bom tempo.
A onda gigante de desinformação, desencadeada após uma tentativa legítima e necessária do governo de combater a sonegação, gerou desconfiança, afastando usuários e causando uma queda no volume das transações jamais sentida, especialmente entre pequenos comerciantes e trabalhadores informais.
Essa crise de confiança não afeta apenas o Pix, mas a economia como um todo. Voltar a depender de dinheiro físico significaria menos agilidade, maior custo operacional e retrocesso na inclusão financeira. A desinformação, usada como ferramenta política, é uma frente de ataque à estabilidade econômica e social.
O governo teve sua indiscutível parcela de culpa porque errou feio na comunicação da intenção de combater quem sonega, e na reação tardia ao problema. O mundo todo já sabe como as notícias falsas amplificam a incerteza, criando um cenário de medo negativo. Mas é urgente a necessidade de reforçar o combate a esse tipo de prática.
É urgente que governos, instituições e a sociedade atuem juntos e solidamente para combater a desinformação. Passou da hora de agirmos sem medo e sem cessar contra a propagação de fake news.