O Centro Universitário Braz Cubas, desde sua criação, em 1940, sempre esteve atrelado ao pioneirismo. A instituição se tornou destaque nacional por conta da atuação de um de seus fundadores e ex-reitor, Mauricio Chermann, que se notabilizou pela defesa da tecnologia e inovação nos processos educacionais, sendo, inclusive, um dos precursores no debate sobre o EAD (Ensino à Distância) no Brasil.
Por conta da pandemia de Covid-19, a técnica defendida por Chermann teve de ser colocada em prática em todo o país, mostrando que é possível estudar e ensinar mesmo longe das salas de aula. De acordo com o atual reitor, Rafael Ribeiro, o período pandêmico tornou a tendência de mudança na lógica de ensino cada vez mais real.
O modelo defendido por ele, e que foi respaldado por parecer do CNE (Conselho Nacional de Educação), é o ensino híbrido, que combina aulas práticas com virtuais.
“A ideia não é acabar com o presencial, é flexibilizar de fato o ensino superior. Em disciplinas mais teóricas, por exemplo, hoje a tecnologia te permite muitas vezes dar uma aula melhor do que em sala de aula”, disse Ribeiro.
Para o reitor, a adoção de um novo modelo de ensino se faz urgente até para que as instituições de ensino estejam acompanhando as tendências contemporâneas: “Quando a gente olha para o mercado de trabalho, a gente tem visto cada vez mais a discussão sobre home office, reuniões em que as pessoas precisavam se deslocar sendo realizadas virtualmente, então no dia-a-dia todo mundo vai passar por isso, não tem como fugir, e o estudante tem que estar preparado.”
Para contrapor a ideia de que a defesa do ensino virtual significa o sucateamento do presencial, Ribeiro destaca os investimentos realizados pelo grupo Cruzeiro do Sul, dono do Centro Universitário desde 2020, na infraestrutura do campus, localizado no bairro do Mogilar, em Mogi das Cruzes, como a construção de novos laboratórios, com novos equipamentos, para os cursos de gastronomia e psicologia, por exemplo.
Outro diferencial apresentado pela Braz Cubas, seguindo seu caráter profissionalizante, é o oferecimento de cursos técnicos – hoje apenas EAD, mas com planos para implementação presencial num futuro próximo. Segundo o educador, a decisão tem o objetivo de atender à alta demanda por qualificação profissional, mas que não pode ser atendida pelo ensino superior por conta do alto índice de desemprego.
“O curso técnico é uma necessidade do país. O que a gente recomenda é que ele seja uma etapa da formação, que se faça o curso técnico, ingresse no mercado de trabalho, ganhe uma renda e aí avance para o ensino superior, que ainda faz muita diferença para o crescimento profissional. O ensino técnico, pra muita gente, é a primeira oportunidade para uma vida melhor”, disparou.
