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‘Pequenos grupos não vão mais definir os mandatos dos 23 vereadores’, afirma Otto

Em seu segundo mandaro como vereador de Mogi das Cruzes, o médico Otto Rezende foi eleito presidente da Câmara de Mogi das Cruzes. Embora não tenha participado do grupo que elegeu Caio Cunha (PODE) como prefeito, o presidente do Legislativo promete trabalhar “110% para que Cunha seja o melhor prefeito de Mogi.” A afirmação se deve à vontade de Otto de viver em uma cidade melhor. Apesar disso, o chefe do Executivo terá pela frente uma Câmara mais fiscalizadora e transparente, como promete o novo presidente.

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Em entrevista à GAZETA, novo presidente da Câmara de Mogi prometeu democracia na Casa

Por Lailson Nascimento / Foto: Bruno Arib

Em seu segundo mandaro como vereador de Mogi das Cruzes, o médico Otto Rezende foi eleito presidente da Câmara de Mogi das Cruzes. Embora não tenha participado do grupo que elegeu Caio Cunha (PODE) como prefeito, o presidente do Legislativo promete trabalhar “110% para que Cunha seja o melhor prefeito de Mogi.” A afirmação se deve à vontade de Otto de viver em uma cidade melhor. Apesar disso, o chefe do Executivo terá pela frente uma Câmara mais fiscalizadora e transparente, como promete o novo presidente.
Confira os principais trechos da entrevista:

Gazeta Regional (GR): A candidatura do senhor acabou sendo uma surpresa. Ela já estava planejada? É uma maneira de o PSD se posicionar?

Otto Rezende: O PSD é um partido forte, e nós temos um representante forte que é o deputado federal Marco Bertaiolli. Eu estou no partido desde a sua fundação, ajudei a reestruturar no município, e nós fomos alinhando o perfil de modo que o Diretório Municipal pudesse estar muito mais ligado ao Bertaiolli e ao Otto Rezende. Restaram nove vereadores reeleitos para esse mandato. Nesse contexto, tínhamos PSDB, o PL e o PSD [como principais bancadas]. Desses, provavelmente sairia a presidência da Casa. Acontece que o PL, apesar de ter bons nomes, já estava há dois anos na presidência da Casa. Então, por justiça até, o partido não assumiu a primeira presidência. O PSDB possui dois vereadores novos, o Pedro Komura, que já sinalizou que esse é o último mandato dele como vereador, e que gostaria de estar mais nos bastidores. Então, eu coloquei meu nome para ser presidente da Casa, a gente insistiu na candidatura e fomos vencedores no pleito.

GR: Quais são os principais desafios?

Otto: A Câmara de Mogi existe há muitos anos, algumas coisas precisam ser modernizadas, e é o que estamos fazendo. Já estamos tirando alguns cargos comissionados de alguns setores e transferindo para setores de transparência. As mídias sociais também vão melhorar muito, porque a gente quer que a população entenda o que cada vereador faz aqui. A grande maioria da população acha que a Câmara Municipal, com essa estrutura toda, só trabalha terça-feira e quarta-feira, às 15 horas. Nós vamos mostrar e espero que a impressão mude.

GR: De que forma?

Otto: Nós vamos tentar passar as sessões para as 18 horas, que é um horário um pouco melhor para que a população acompanhe, um horário que você pode voltar para casa e assistir a sessão até mesmo de lá. Nós vamos tentar mostrar para a população o que vai ser feito a cada semana, para que ela entenda as pautas importantes para a cidade e possa acompanhar. E a mídia impressa, que é tradicional, vai continuar sendo uma importante ferramenta de comunicação entre a Câmara e a população. O objetivo, inclusive, é que a imprensa tenha até mais acesso ao que acontece na Casa de Leis, para que as notícias sejam ainda mais transparentes.

GR: O senhor espera encontrar resistência dos colegas em relação à mudança de horário?

Otto: Eu já conversei com a maioria, e não encontrei resistência por parte de nenhum deles. A maioria se mostra favorável. Só aguarda assinatura para ver se começa às 18 horas todos os dias ou às quartas-feiras. O projeto de resolução está pronto. A segunda sessão já poderá ser às 18 horas.

GR: Como deve ser a relação com o Executivo?

Otto: Vamos trabalhar com transparência para ajudar a cidade. Não podemos permitir que o Executivo atropele a Câmara Municipal, portanto, precisamos saber dos projetos antes para que possamos aprovar as matérias tendo conhecimento prévio dos temas. Não dá para aprovar nada que vem em cima da hora, faltando 24 horas para ser aprovado. É preciso discussão entre todos os vereadores, dar oportunidade para que os parlamentares possam devolver para a cidade a real decisão sobre os projetos. Nós pretendemos que os partidos trabalhem em harmonia na Casa de Leis. Vamos respeitar muito o prefeito Caio Cunha. Se eu puder trabalhar 110% para que o Caio Cunha seja o melhor prefeito da cidade, eu vou trabalhar, porque dessa forma Mogi vai melhorar.

GR: O prefeito tem conseguido mostrar, na prática, as mudanças que pregou na campanha?

Otto: O prefeito está começando de cima para baixo. A mudança é clara e a gente torce para que dê certo.

GR: E as suas prioridades enquanto vereador, quais devem ser?

Otto: Eu sou formado em saúde pública, e faço parte do comitê de Covid-19. Portanto, a prioridade continua sendo a saúde, mas também vou manter o trabalho visando o desenvolvimento de Mogi. Por exemplo, uma coisa que vou lutar muito esse ano é para que a cidade termine a Avenida Perimetral. Também vou lutar por um Centro de Animais Silvestres, porque hoje não temos um local apropriado para esse tipo de acolhimento. Outro ponto é tentar implantar a disciplina de Educação Financeiras nas escolas, algo que inclusive já está com o prefeito.

GR: Quais marcas pretende deixar como presidente da Câmara Municipal?

Otto: Duas grandes marcas necessárias: a transparência com a população e assegurar voz ativa para os 23 vereadores dentro da Câmara Municipal e na cidade. Pequenos grupos não vão mais definir o mandato dos 23. A Câmara tem que ser democrática.

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