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Pacientes do Hospital Santana voltam a reclamar: ‘Ás vezes é melhor ir no SUS’

Clientes do grupo Hapvida Notredame denunciam ineficiência e demora nos atendimentos
Clientes da NotreDame afirmam que empresa está sucateando o convênio médico / Foto: Cecilia Siqueira

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Depois de uma série de reportagens denunciando o mal atendimento no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes, que é particular e gerido pelo grupo Hapvida Notredame Intermédica, a GAZETA voltou a receber relatos de pacientes e até funcionários do local sobre a ineficiência e descaso com que a empresa vem tratando aqueles que os procuram em seus momentos de maior vulnerabilidade. E, mais uma vez, a reportagem voltou à porta do hospital para ouvi-los.

Uma das situações relatadas era a de que a operadora de planos de saúde havia retirado a triagem do processo de atendimento, fazendo com que os pacientes passem diretamente na consulta médica. Logo ao chegar ao local, a reportagem conversou com a dona de casa Maria de Lurdes Porfírio Penteado, 72, que não só confirmou, como contou quase ter sido prejudicada pela mudança.

No sábado (2) ela passou mal, com suspeita de infarto, foi ao hospital e, sem a triagem, ninguém fez a avaliação de prioridade no atendimento antes da consulta. Por sorte, nada de mais grave aconteceu. 

Na terça-feira (5), quando conversou com a reportagem, foi coletar materiais para exame e, mais uma vez, houve uma demora excessiva no processo por, segundo ela, ter apenas uma funcionária para fazê-lo. Por conta dessas situações, ela proferiu a frase do título, e mais: “Ás vezes ir no SUS, na UPA, é melhor, e olha que o que nós pagamos não é pouco.”

A professora aposentada Leia Lopes Silva Costa, 78, corroborou com as afirmações de Maria. Na ocasião, ela, junto de seu filho, o bancário Gustavo Silva Costa, 46, aguardavam o laudo de um exame de imagem havia horas.

Pelas condições de saúde de dona Leia, eles costumam utilizar com frequência a unidade e relatam estar frequentemente “bastante cheio” e com poucos profissionais para atender. Gustavo elogia a equipe médica; a gestão do hospital, nem tanto.

“A médica que nos atendeu hoje, por exemplo, foi bastante atenciosa, o problema está mesmo no hospital e no processo deles. Falta ser um pouco mais claro, para que a gente não precise ficar indo em vários lugares, perguntar. Eu ainda posso ir, mas uma pessoa que tem um pouco mais de dificuldade vai ter que ficar num canto até que alguém ajude”, desabafou.

O QUE DIZ A NOTREDAME

Procurada, a Notredame se posicionou, em nota, dizendo que “as pacientes em questão receberam toda a assistência conforme necessário”, que estão em contato com ambas e que a superlotação atual tem se dado pelo aumento nos casos de dengue na cidade e na região.

Sobre a retirada da triagem, disse: “Realizamos ajustes no modelo de atendimento para reduzir os tempos de espera, independente da classificação da triagem, incluindo o aumento na contratação de plantonistas para direcionar rapidamente os pacientes para consulta médica.“

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