A PF investiga irregularidades que teriam acontecido na compra de materiais destinados a creches das duas cidades
Da Redação / Foto: Divulgação
Uma operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (21) para combater o desvio de recursos públicos destinados a CEI (Centros de Educação Infantil) e creches com convênios firmados com a cidade de São Paulo, também cumpriu mandatos de busca e apreensão nas cidades de Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba.
A operação batizada de Daycare, uma alusão às creches alvo dos desvios, apura crimes de peculato, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, sonegação de contribuição previdenciária e participação em organização criminosa.
Participam da ação 85 policiais federais e nove servidores da Receita Federal. Ao todo, são cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, sendo um em Itaquá, um em Santana do Parnaíba, três em Mogi das Cruzes e 17 em São Paulo.
Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, que também determinou o sequestro de veículos, bens imóveis e valores depositados em contas bancárias equivalentes aos recursos desviados.
“Foi constatado que os sócios de cinco escritórios de contabilidade investigados criaram organizações da sociedade civil que passaram a gerir creches (…) Objetivando obter e potencializar vantagens econômicas com as atividades de apoio prestadas, os escritórios de contabilidade passaram a simular despesas e se apropriar dos valores repassados pelo ente público (com subsídios da União) para fazer frente a tais despesas inverídicas”, disse, em nota, a PF.
Segundo a PF a organização, a partir do cruzamento de informações de prestações de contas com dados do sistema de arrecadação da Receita Federal, que apoia a operação, “confirmou-se que 1.119 prestações de contas foram fraudadas com documentos falsos totalizando R$ 14.229.486,49 de valores desviados”.
A Polícia Federal diz que constatou que mais de um quarto das aquisições feitas pelas creches de São Paulo são responsabilidade de oito fornecedoras registradas em nome de parentes e funcionários dos sócios pelos escritórios de contabilidade.
Uma informação dá conta de quem em Itaquá ao menos uma pessoa teria sido presa na operação da PF.