Esta frase foi proferida por Getúlio Vargas, ex-presidente e ditador, durante sua campanha de estabelecimento da Petrobras.
Em 1914, o país descobriu petróleo, enquanto o Brasil ainda era uma grande fazenda, ou seja, tinha uma economia agrícola. Em 1920, promulgou-se uma legislação estabelecendo royalties e a participação do governo na receita das exportações de petróleo. Em 1928, a Venezuela já exportava 275 mil barris diários.
Dileto leitor, caso eu tenha causado confusão, peço desculpas, porém estamos tratando da Venezuela.
Nas próximas seis décadas, o país se tornou uma “Arábia Saudita Latina”, uma alusão ao maior produtor de petróleo do mundo.
Sua economia cresceu tanto que superou os países vizinhos e alcançou níveis tão elevados como os de países ricos.
Por fim, chegaram as crises do petróleo a partir dos anos 70, e tudo começou a se transformar, levando a Venezuela a sair do ranking dos quatro países mais ricos do mundo para se tornar um país lazarone na atualidade.
Pobreza e desigualdade são características da Venezuela no século 21. De acordo com o portal Trading Economics, a inflação venezuelana já ultrapassou 300%.
A taxa de desemprego atual é de 5,3%, aparentemente baixa. Mas não é visto que o Benin, considerado um dos países mais pobres do mundo, possui apenas 1,7% da sua população desempregada e uma inflação de 1,35%.
Não posso negar a existência de bolsões de riqueza em Caracas, mas em qualquer país pobre do mundo é possível encontrar uma ou outra cidade que abriga uma classe média e seus carros luxuosos pelas ruas.
Se há um grande problema na Venezuela, é o da pobreza. A maioria da população vive em condições extremamente precárias, sem perspectiva de um futuro melhor. Eles enfrentam dor, desilusão e, sobretudo, fome.
Nesse cenário desolador, o presidente local decidiu realizar um referendo com o objetivo de anexar 75% da Guiana e sua riqueza.
A “soberania dos povos” acaba quando a riqueza se faz presente.
O interesse no vizinho se deve, principalmente, à descoberta de novas reservas de petróleo em 2015.
No ano passado, a Guiana cresceu 62%, e segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), espera-se um crescimento de 38% em 2023.
Maduro, de olho no petróleo, convocou o referendo, que poderá tornar o país mais mendicante.
Ninguém sai de uma guerra da mesma forma que entrou, exceto os fornecedores de armas e suprimentos, que enriquecem à custa do sofrimento do povo.
3 respostas
É isso!! um pais fica ainda mais pobre quando seus governantes fecham os olhos para o real problema.
Não sei nem o que pensar
Que mundo estamos vivendo!