Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

‘Hoje começa a reconstrução’

Javier Milei foi eleito presidente da Argentina e, num cenário economicamente adverso, tem a missão de reconstruir, de fato, o país
Foto: Divulgação

Receba as novidades direto no seu smartphone!

Entre no nosso grupo do Whatsapp e fique sempre atualizado.

Foi-se atribuído à Argentina e à sua capital Buenos Aires o status de celeiro do mundo e a Paris sul-americana.

Infelizmente, essa posição que deveria ter sido um exemplo positivo acabou se transformando em um exemplo do que não deve ser feito.

Após o Governo Menem, nossos vizinhos começaram a entrar em um rápido declínio, coincidentemente durante o período em que o país estava sendo governado pelos Kirchner. O kirchnerismo liderou a nação entre 2003 a 2015, até a eleição de Maurício Macri.

Nesse período, o país já estava enfrentando uma alta inflação, mas Macri tentou implementar medidas de ajuste fiscal e buscou empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI). Infelizmente, não deu certo e o país continuou rumo ao declínio econômico.

Apesar dos esforços para colocar a casa em ordem, o peronismo retornou ao governo em 2019, com Alberto Fernandes e Cristina Kirchner.

No presente momento, a taxa de pobreza está em 40%, o que significa que quase metade dos argentinos encontram-se em situação de pobreza.

A inflação acumulada na Argentina em 2023 é de 120%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Em contraste, no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou um aumento de apenas 3,75% no mesmo período.

Diante de uma inflação descontrolada, é esperado que haja uma taxa de juros elevada, e atualmente a taxa de juros na Argentina encontra-se em 133%. A taxa selic brasileira encontra-se em 12,25%, é uma diferença muito grande.

Uma inflação descontrolada, acompanhada de uma alta taxa de juros, resulta em desemprego. A população argentina está estimada em 47 milhões de pessoas, e dentre essas, 7% estão desempregadas, o que pode parecer pouco, mas representa mais de três milhões de pessoas.

Com tantos problemas econômicos não resolvidos, a moeda argentina, que é o símbolo da Nação, sofreu uma desvalorização de 98,37% em relação ao dólar nos últimos dez anos. Por outro lado, mesmo com todos os problemas que o Brasil enfrenta, sua moeda teve uma desvalorização de 54%.

O temor de investir na nação vizinha é tão grande, que atualmente seu índice de risco-país é de 4.177,5 pontos, enquanto o Brasil apresenta um índice de risco de 157,7 pontos.

Reconstruir a Argentina não pode ser apenas uma frase impactante em um pronunciamento presidencial, deve ser o objetivo principal de um governo que verdadeiramente deseja elevar seu povo da pobreza e restaurar o orgulho nacional argentino no país.

Sorte ao Milei!

Compartilhe com Todos!
Facebook
WhatsApp

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 35
Fique Informado!

Siga a Gazeta

Leia Também

Publicidade