Policial sofre a ação de bandidos; investigação já aponta suspeitos
Por Aristides Barros / Foto: Bruno Arib
O delegado titular de Salesópolis, Eduardo Peretti Guimarães, foi vítima de hackers que invadiram a sua conta bancária após bloquearem a linha telefônica do agente da lei. De acordo com o chefe policial, a ação dos bandidos cibernéticos contra ele teria começado em novembro do ano passado, quando percebeu que a sua linha telefônica havia sido bloqueada.
“Em novembro de 2021 fui até a loja da Claro, em Guarulhos, para saber o motivo do bloqueio, o qual foi informado pelo telefone 1052 e não souberam me informar. A linha voltou a funcionar, porém no dia 11 de janeiro a linha parou novamente e, ao entrar em contato com o 1052, fui informado de que havia sido bloqueada. Ao questionar o motivo do bloqueio, disseram que uma pessoa (sexo feminino) tinha pedido, pessoa esta desconhecida.”
Após o contato com a operadora, a quem pediu que fosse checado o erro, passou a receber mensagens sobre compras de mercadorias e transferências de dinheiro.
“Após o contato telefônico, entrou o sinal do Wi-Fi da academia a qual frequento e, a partir de então, comecei a receber notificações de várias operações bancárias na minha conta, percebendo então que minha conta bancária havia sido invadida, após o bloqueio da linha telefônica, pois sem a mesma não teria acesso nem aos serviços de telefonia, nem ao de internet móvel.”
Ele afirmou que a empresa falhou ao fazer o cancelamento de uma linha telefônica sem a permissão dele, que é o titular da linha, e que isso abriu margem para a ação dos bandidos. Segundo o entendimento do policial, é inadmissível uma empresa cancelar um contrato de prestação de serviço apenas por intermédio de terceiros, e não pelo proprietário que assina e paga a prestação do serviço.
Após a série de problemas que teve, o delegado pediu o cancelamento da linha telefônica, já que a operadora não resoleu o problema.
Quanto à quadrilha que invadiu a sua conta telefônica, o policial disse que as investigações apontam para os supostos autores da ação criminosa, que estariam fixados em São Paulo. A ação dos hackers ocasionou um prejuízo de mais de R$ 30 mil ao policial civil.
A investigação está a cargo da SIG ( Setor de Investigações Gerais) de Mogi das Cruzes.
