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Furto de fiação deixa unidade médica sem luz e pacientes sem atendimento, em Poá

Ladrões teriam “ajudado” a complicar ainda mais a já colapsada área de saúde de Poá ao furtarem fiação elétrica nas proximidades do Centro de Saúde ‘Tito Fuga’, no Distrito de Calmon Viana. A ação criminosa deixou o local “sem luz”, o que fez a equipe que trabalha na unidade médica orientar as pessoas que se dirigiam para lá a procurarem atendimento em outro posto.

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O centro de saúde em Calmon Viana passou toda a manhã de quarta-feira “sem nada”

Por Aristides Barros / Foto: Bruno Arib

Ladrões teriam “ajudado” a complicar ainda mais a já colapsada área de saúde de Poá ao furtarem fiação elétrica nas proximidades do Centro de Saúde ‘Tito Fuga’, no Distrito de Calmon Viana. A ação criminosa deixou o local “sem luz”, o que fez a equipe que trabalha na unidade médica orientar as pessoas que se dirigiam para lá a procurarem atendimento em outro posto.

A reportagem falou com Gliciane Aparecida Lima de Aroldo, 30 anos, que na manhã de quarta-feira (24) levou o filho de 10 meses ao local, suspeitando que a criança contraiu Covid-19, porque o mais velho, de 8 anos, teve a doença.

“Levei o nenê no hospital e recusaram fazer o teste, falaram pra vir no posto. Aqui mandam eu voltar no hospital. O atendimento é horrível e sempre foi assim”, reclamou. Enquanto ela falava era possível ouvir atendentes dizendo a outras pessoas que o “Tito Fuga” estava sem médicos.

A mãe das crianças continuou: “Vim na semana passada e eles avisaram que iam fechar uns seis ou sete postos na cidade e só atenderiam no Hospital Guido Guida, no Ceme e em outros pronto-atendimentos. Mas, a população pressionou e a prefeitura desistiu da ideia. Só louco fecharia postos de saúde nem momento de pandemia como esse”, disse.

Em casa

Há um ano a reportagem esteve em uma ocupação irregular no bairro Nova Poá, em Poá. E na quarta-feira (24), voltou na comunidade e reencontrou o pedreiro Rodrigo Silvério Teodózio, 28. Em março do ano passado começou a pandemia, que está no seu pior momento.

“A minha esposa está com Covid. Na segunda-feira (22) corri de hospital em hospital para socorrer ela, só consegui no São Marcos, em Ferraz de Vasconcelos”, falou o pedreiro, acrescentando: “Para ‘ajudar’ tem um hospital lá no Centro que está fechado, e o povo que precisa vai correr para onde?”, indagou, fazendo referência ao Hospital Guido Guida.

Na casa de três cômodos, ele vive com a esposa Andreia Rodrigues de Oliveira e os oito filhos do casal. A mulher está em isolamento, dentro da moradia.

“A área de saúde de Poá está ruim. Aqui não vem ambulância, pedem endereço e não temos, aí dizem que não podem vir.”

A falta de endereço gera preconceito.

“A gente fala que é morador da comunidade e eles dizem que tem de fazer o cartão. Mas, lá não temos comprovante de endereço, e respondem ‘então não podemos ajudar’. É difícil agendar consultas para criança e adultos. E a gente pede para um vizinho ‘emprestar o endereço’. É assim que conseguimos atendimento, porque médico é uma necessidade, principalmente agora”, destaca. “Somos da comunidade, mas aqui tem gente boa e honesta. Mas, eles têm preconceito”, finalizou.

Devido ao feriado na cidade, na sexta-feira (26), não foi possível solicitar resposta da prefeitura.

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