Desde a noite desta segunda-feira (7), um trecho de uma entrevista em que o Deputado Federal paraibano Julian Lemos (União) faz acusações ao Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), tem tido uma repercussão enorme nas redes sociais. Ao podcast Arretado, o ex-coordenador da campanha bolsonarista revelou que, em pelo menos duas ocasiões, o presidente teria agredido fisicamente a Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro.
De acordo com o deputado, que não conseguiu a reeleição após o rompimento, Bolsonaro teria agredido Michelle pela primeira vez – que ele saiba – logo após a posse, em 2019. Questionado por internautas sobre o relacionamento do presidente com a primeira-dama ser ou não de fachada, Julian disparou: “A relação é de fachada. Ela não quer nem ver ele. Nas primeiras férias dele, que ele foi pra uma ilha, ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela.”
Apesar de passar boa parte da entrevista comentando sobre a relação próxima que já tivera com Bolsonaro e dizer que há “muita coisa” em seus celulares, o deputado não apresentou nenhuma prova concreta das acusações.
Ainda de acordo com Julian, as agressões voltaram a acontecer recentemente. Mais precisamente, logo após o resultado do segundo turno das eleições, ocorrido no último dia 30, em que Bolsonaro foi derrotado por Lula (PT). Segundo Lemos, Michelle não esteve ao lado do Presidente em seu discurso de derrota, feito no último dia 1, porque estava “toda marcada”.
Mais uma vez ele não apresentou provas, apenas dizendo “manda ela aparecer ai”.
Julian ainda fez ameaças ao clã Bolsonaro. Com o celular na mão, o ex-bolsonarista fez questão de demonstrar a proximidade com o então candidato Jair Bolsonaro em 2018, quando foi coordenador da campanha no Nordeste, e frisou que, exatamente por isso, tem provas de outros crimes cometidos pelo Presidente e seus filhos.
“Manda o Bolsonaro me chamar de traidor para ver o que eu boto aí”, disparou.
Em seguida, Lemos concordou com a afirmação do empresário Paulo Marinho, também ex-bolsonarista, de que “quem conhece Bolsonaro de perto vota em Lula”.
