Duramente atingida pela doença que está matando o povo, Poá vê a crise se aprofundar com ‘gestão fraca’
Por Aristides Barros / Fotos: Bruno Arib
Neste ano, o 72º aniversário de emancipação de Poá vai ser lamentado nas 202 mortes ocasionadas pela Covid-19 e na atitude da prefeita Márcia Bin (PSDB), quando a política anunciou que iria “fechar” alguns postos de saúde da cidade no momento que a pandemia mais martiriza o povo.
Pressionada pela população, ela abandonou a ideia, porém, o recuo aliado à insensatez da atitude jogou sua credibilidade a sete palmos abaixo da terra. A promessa de diálogo com lideranças comunitárias e movimentos sociais para saber o que afeta o poaense foi sepultado naquele gesto.
]A demonstração de fraqueza da prefeita ante ao perigo ecoou em todos os cantos da cidade, derrubando a crença dos poucos que ainda soltavam fogos quando ela falava em dias melhores para os poaenses.
No Raspadão, comunidade que aguarda a regularização fundiária da localidade, o comerciante Lourival Alexandrino Bastos, 46 anos, e no local há 20, resumiu: “Ninguém está preocupado com a gente”, disse, acrescentando que na época de campanha os políticos aparecem. “Acaba a campanha eles somem”, resume. “Aqui é só Jesus na causa”, arremata.