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Democracia Racial

Neste artigo, falo sobre o mês da Consciência Negra e os desafios impostos à população preta
Foto: Divulgação

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Iniciamos o mês nove, dileto leitor, de acordo com o calendário pré-gregoriano, estamos no nono mês.

Curiosamente, este é o mês da Consciência Negra, mas qual é a relação? A relação é que já se passou mais de um século desde o fim da escravidão e ainda estamos lutando para proporcionar uma vida melhor para nossos pretos e pretas.

Como bem enfatizou a codeputada estadual Rose Freitas, do Movimento Pretas: “Nossa consciência não tem um mês específico. Quem é negro no Brasil sabe o preço pago diariamente na luta antirracista, por direitos iguais, respeito e, principalmente, pela vida. Existimos e resistimos em um estado opressor, mas hoje não aceitamos mais essa falsa democracia racial”.

Essa afirmação dela reflete exatamente o que sentimos diariamente, pois, quando fomos libertos do regime escravagista, fomos marcados na testa, assim como Caim.

Assim como ele não poderia ser morto por mãos humanas, nós nunca poderemos nos libertar da opressão da Casa Grande.

Apesar de parecermos livres, ainda estamos sob o olhar opressivo e não-permissivo de uma parte significativa da sociedade, que carrega consigo o racismo profundamente enraizado.

Números

O número de pessoas negras, ou seja, que se autodeclararam pretas e pardas, constitui 56% do total da população brasileira em 2022, segundo dados do IBGE.

Do total de 9,6 milhões de analfabetos em 2022, 6,9 milhões eram pretos ou pardos, e 2,5 milhões eram brancos. Por outro lado, quase não somos visíveis entre os universitários, empresários, CEOs e ocupantes de cargos de liderança.

Nós, que somos uma maioria neste país, nos tornamos uma minoria.

É necessário eliminarmos a falsa ilusão de uma Democracia Racial e seguir lutando para erradicar o racismo e a falta de oportunidades para nossos irmãos.

Mais importante ainda é fortalecermos uns aos outros, onde aqueles em posições privilegiadas ajudam aqueles que estão em desvantagem. É como se fosse uma irmandade.

No Brasil, não é permitido ser negro. Somos aceitos apenas de acordo com a conveniência social momentânea ou se alcançamos sucesso na vida.

E mesmo os negros que conseguiram mudar sua realidade ainda carregam um estigma.

Pois, como diria Fernando Pessoa em seu poema Tabacaria:

“Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,

Ainda que não more nela;

Serei sempre o que não nasceu para isso”

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13 respostas

  1. Em uma sociedade civilizada em 2023, ainda temos que lutar para erradicar o racimo. Creio que estamos no caminho certo, dado que os direitos dos cidadãos foram retirados por pessoas que não amam a vida, pessoas ignorantes e com muitos defeitos de caráter e atitudes, o que diziam poderosos. Creio que estamos no caminho certo com políticas de incentivos e investindo na educação, para formar profissionais qualificados em todas as áreas, que possam escolher a sua profissão e vive bem com todos os diretos e deveres.

  2. Josué, parabéns por abordar esse tema que eu amo tanto e muito relevante. Sempre me empenharei na luta contra o racismo e o preconceito.

  3. Eu acredito q o racismo é apenas maldade do ser humano pois todos nós vimos d uma geração mista, todos nós temos parentes mais próximos e distante com cores diferente, porém essa diferença não torna ninguém melhor e nem pior, o sucesso vai depender do esforço d cada um.

  4. Eu acredito q o racismo é apenas maldade do ser humano porém todos nós temos parentes mais próximos e distante com cores diferentes, e essa diferença não nos torna melhor nem pior o sucesso vai depender do esforço d cada um .

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Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 35
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