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Arujaense de 18 anos se torna a primeira intérprete de Libras autista do Brasil

Conheça Ana Maria Machado, exemplo de dedicação, inclusão e compaixão, que, mesmo jovem, contribui para uma sociedade mais justa
Ana vai começar a universidade este ano
Ana vai começar a universidade este ano - Foto: Reprodução

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Apesar de ser considerado, de acordo com a Constituição Federal, o segundo idioma oficial do Brasil, a Língua de Sinais é desprestigiada principalmente por aqueles que deveriam garantir sua capilaridade no imaginário popular, o poder público, que falha em garantir seu ensino nas escolas. Como diz o ditado, há males que vêm para o bem e foi justamente essa falta de inclusão que fez com que a arujaense Ana Maria Machado, aos 12 anos de idade, começasse a aprender aquela que hoje é sua grande paixão.

Isso ocorreu quando chegou à sua escola uma colega surda, a Beatriz, que não conseguia se comunicar tanto com alunos, quanto com professores. Por ser autista, Ana entendia a solidão enfrentada por pessoas com deficiência nos espaços coletivos e todo sofrimento trazido pela dificuldade de se comunicar, já que ela e sua irmã gêmea, Maria Luiza, aprenderam a falar apenas aos seis anos de idade.

Assim a garota ganhou, ao mesmo tempo, uma amiga e uma vocação.

De acordo com ela, a Libras se tornou seu hiperfoco, condição em que pessoas no espectro apresentam um intenso interesse em algo, em geral aprimorando-o à excelência. Esse hiperfoco a levou a se tornar a primeira autista interprete de Libras do Brasil, uma referência mesmo com a pouca idade.

Seu talento e dedicação a levou a fazer as traduções de eventos diversos, como shows, palestras e Congressos virtuais e presenciais, inclusive cruzando os mares, como em Angola, onde participou da Expedição TEAfrica, tida como o maior evento sobre autismo do país.

Em 2024, as participações em eventos continuam, porém com certas mudanças, já que em junho estará em outro congresso, a ExpoTEA, mas dessa vez como palestrante, contando sua história e espalhando seu lema: lugar de autista é em todo lugar. Isso vale também para a universidade, que começará a cursar já este ano graças a uma bolsa de estudos que ganhou.

Hoje Ana já pode olhar para trás e se orgulhar de uma jornada repleta de lutas e conquistas que teve para si e para toda uma categoria de pessoas que têm seus direitos invisibilizados e renegados todos os dias, mas ao lembrar que ela acaba de completar a maioridade, ainda a começar sua graduação em Letras, nota-se que este é apenas o início de uma jornada com ainda mais barreiras a serem ultrapassadas, mas que ela se mostra entusiasmada de enfrentar, sempre com o apoio incondicional de sua irmã e seus pais, como já de praxe.

Acompanhe o canal da GAZETA no Youtube para não perder a entrevista completa onde Ana conta sua história.

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3 respostas

  1. Sucesso sempre, apoio de tds siga em frente, vc é uma Vencedora💙👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾

  2. Sucesso sempre, siga enfrente, tds te apoiam 💙😘👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾

  3. Há interpretes autistas em BH. Com mais de 15 anos de profissão. Foram diagnosticados mais tarde. Ela não á a primeira. Parabéns ! Sou intérprete tb, imagino o quanto ela se dedicou, principalmente nos aspectos sensoriais.

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