Nesta quinta-feira (15), o Ministério da Justiça publicou uma portaria suspendendo uma série de atividades em presídios federais, como os banhos de sol, visitas sociais e de advogados, e até assistência educacional, laboral e religiosa. A medida é uma das respostas à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ocorreu na quarta-feira (14), a primeira da história em unidades federais.
A suspensão, que dura até esta sexta-feira (16), não engloba apenas atendimentos emergenciais de saúde.
Assinado por José Gomes Vaz, diretor substituto do Sistema Penitenciário Federal, o documento permite também que as diretorias dos presídios tomem “as medidas necessárias” para lidar com a crise.
A primeira resposta do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandoski, ainda na quarta, foi afastar imediatamente a direção da Penitenciária Mossoró para que sejam apurados os fatos. Ainda não há informações concretas sobre a dinâmica da fuga, tampouco da ajuda ou não de agentes penitenciários aos criminosos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
Ambos têm longa trajetória no sistema penitenciário brasileiro, são considerados de alta periculosidade e suspeita-se que tenham ligação com uma grande facção criminosa. Eles seguem foragidos.