Aperta que ele afina!

Confira o editorial publicado da edição de número 576 da versão impressa da GAZETA

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O Governo do Estado encheu as estradas de São Paulo com pedágios — são 118 novos, muitos deles eletrônicos, cobrando sem que o motorista sequer perceba. Aqui no Alto Tietê, logo que essa ideia surgiu, lá em 2022, a população anteviu o problema, reagiu e se mobilizou. Foram audiências, manifestações, protestos e até ações judiciais contra a privatização da Mogi-Dutra e da Mogi-Bertioga.

Ainda assim, o governador carioca de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ignorou a voz popular e, em abril de 2024, entregou as rodovias à iniciativa privada. A nova concessionária já assumiu e, em breve, pagar para ir e voltar do trabalho ou da escola se tornará rotina.

A cobrança nas duas estradas começa em novembro de 2025. Serão pórticos, sensores, câmeras e boletos. Tudo digital, tudo automático — e inevitável. Pior: a promessa de melhorias não compensa a desigualdade no retorno: 17% da arrecadação virá de Mogi, mas só 0,5% será reinvestido aqui. Um absurdo.

Mas uma nova esperança surge no ar. Isso porque, em outras regiões, onde a pressão popular se intensificou mesmo após a privatização ter acontecido, o governador recuou. Foi assim em Sorocaba. E em Piracicaba, onde Tarcísio anunciou que a SP-304 está fora da concessão. Isso mostra mais uma vez o óbvio: quando o povo se levanta, o governo escuta. E recua.

A receita está dada. Pressão política funciona. A omissão, não. O Alto Tietê precisa repetir o coro: “Pedágio não!”. Se a grita for forte o bastante, o governador, que posa de durão, recua. Basta ver o histórico. Aperta que ele afina. Quem se cala, paga. E paga caro!

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