Nesta semana, o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) divulgou os dados registrados de janeiro até o momento dos casos confirmados de dengue. Nas 10 cidades da região, 1058 casos foram contabilizados durante este período, registrando um aumento de 50% em relação aos casos que foram confirmados durante todo o ano de 2023, sendo eles 528 e um óbito registrado em Poá.
A região aguarda a liberação das primeiras doses da vacina contra a doença, que deve ocorrer na próxima segunda-feira (19). Ao todo, serão disponibilizadas 79.416 doses para as cidades de Arujá, Mogi das Cruzes, Suzano, Guararema, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Guarulhos, destinadas para o grupo de 10 e 11 anos.
Nesta sexta-feira (16), o GVE (Grupo Técnico de Vigilância Epidemiológica) promove uma reunião com as prefeituras para alinhar as estratégias que serão utilizadas a partir das diretrizes do Ministério da Saúde.
As cidades de Guararema e Suzano já decretaram estado de emergência, enquanto outras avaliam a medida. Os municípios de Guarulhos e Suzano contabilizam os maiores números de casos neste ano, com 2.533 e 485 confirmados, respectivamente. Salesópolis não registrou casos confirmados até o momento.
“A reunião agendada com o GVE é mais que um encontro de orientação, ela servirá para alinhar as estratégias que os municípios utilizarão a partir da Nota Técnica do Ministério da Saúde. A expectativa é que a partir de segunda-feira as vacinas já estejam disponíveis para os municípios retirarem”, esclareceu a coordenadora da Câmara Técnica (CT) de Saúde do Condemat, Adriana Martins, secretária de Saúde de Guararema.
Segundo informações do Ministério da Saúde os critérios de seleção dos territórios que receberão as doses consideraram as cidades com mais de 100 mil habitantes, incluindo suas regiões de saúde, que apresentam alta incidência de dengue, principalmente com predominância do sorotipo DENV-2, e maior número de casos no período de monitoramento de 2023 a 2024.
O esquema vacinal divulgado pelo Ministério da Saúde estabelece a aplicação de duas doses com intervalo de três meses. “A vacina se soma a todos os esforços contra a dengue, porém ela não terá uma resposta imediata, já que depende de uma resposta imunológica de defesa ao fim da aplicação das doses. Por isso, é importante que mesmo com as crianças vacinadas todos os cuidados de combate e prevenção sejam mantidos, como evitar deixar água parada em recipientes nos quintais”, reforçou a coordenadora da CT de Saúde.
