Há um velho ditado que diz: até um relógio quebrado acerta duas vezes ao dia. É o caso de Jair Bolsonaro, que em toda sua trágica carreira política – para o povo brasileiro –, teve pelo menos um acerto pelo qual será lembrado e deve ser agradecido por todos nós.
Assim que assumiu o governo, em 2019, o “Capitão” recorreu a seus pares e colocou cerca de 6 mil militares em cargos federais, jogando com a ideia, vendida aos brasileiros por séculos, de que as forças armadas são os arautos da eficiência no Brasil. Ideia essa que alimentou por décadas discursos de saudosos da ditadura, que bradam coisas como “na época dos militares que era bom”.
Com esse movimento, Bolsonaro, sem querer, fez o trabalho que os progressistas tentaram por décadas: mostrar ao Brasil e ao mundo que isso é mentira.
Graças ao Messias, pudemos ver de perto as deficiências da formação militar, que permitiu que pessoas como Eduardo Pazuello chegassem ao cargo de General, considerado especialista em logística. Vimos o resultado.
Jair permitiu que todo o povo brasileiro tomasse conhecimento de oficiais de alta patente tentando roubar em vacinas; mais recentemente e de uma só vez, de um Almirante traficando joias, um general sendo pego por não saber tirar uma foto e seu filho, um tenente-coronel, tentando comandar o esquema, mas sem saber apagar e-mails.
Tamanha a incompetência, que nem o crime concretizaram.
Se hoje temos a oportunidade de reenjaular os gorilas nas casernas, de onde não deviam sair, devemos ao Jair. Obrigado, Capitão.