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A cega e surda, porém falante, justiça brasileira

A ridicularização do sistema judiciário mostra que o desbalanceamento institucional no Brasil se faz cada vez mais latente

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Nessa última semana, o Supremo Tribunal Federal deu início aos primeiros julgamentos dos envolvidos na quebradeira realizada por bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro, expondo assim, para todo o Brasil, um fenômeno pouco comentado até o momento: a ridicularização do sistema judiciário.

Fatos como a confusão de um dos advogados de defesa do livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, com o infantil “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, e as lágrimas de crocodilo de outra defensora são sintomáticos para além da dificuldade cognitiva dos que cercam a extrema-direita, refletem uma geração de juristas inapta e espetaculosa.

Há diversos fatores que podem acarretar processos como este, mas há algumas teorias: a ultra exposição, a politização do judiciário e a judicialização da política.

A primeira se dá porque a “Era da Informação” tem efeitos também na justiça, com cada vez mais advogados, juízes, promotores e etc baseando suas decisões não por questões processuais, sim de imagem; a segunda, por conta da linha cada vez mais tênue entre o jurídico e o político. Fato é: o desbalanceamento institucional no Brasil se faz cada vez mais latente.

Como toda questão complexa, as soluções têm o mesmo grau de complexidade, exigem profundos debates envolvendo as entidades de classe, como o Conselho Nacional de Justiça ou a OAB, e o mundo acadêmico. No entanto, é urgente que algo seja feito, o Estado Democrático de Direito depende de uma justiça sóbria e preparada, para que “passeios no parque” como aquele jamais se repitam.

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