Às 7h da manhã desta terça-feira (3), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) concedeu um pronunciamento oficial seguido de uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes para tratar da greve dos trabalhadores da CPTM, Metrô e Sabesp. Em sua fala, o chefe do Executivo estadual classificou o movimento como “coporativista” e atribuiu as paralizações a motivações políticas.
De acordo com os sindicatos que encabeçam a manifestação, a motivação principal para ela é a ideia de privatizações e concessões com a qual a gestão Tarcísio trabalha desde o início do mandato. Os grevistas propuseram que a operação fosse mantida no formato “catraca livre”, mas o governo não aceitou.
Com duras críticas ao movimento, o governador disse também que a presente data apenas reforça a necessidade de maiores discussões acerca das concessões, já que as únicas linhas que se mantiveram funcionando normalmente são as concedidas à iniciativa privada, as linhas 4, 5, 8 e 9 do Metrô.
“Quais são que estão em funcionamento hoje? As que foram transferidas para a iniciativa privada. Essas linhas não estão deixando o cidadão na mão”, disse.
Tarcísio ressaltou o fato desta ser a segunda greve de trabalhadores do transporte desde o início de seu mandato, a menos de um ano. Ele explica o fenômeno como uma motivação política: “Para mim está muito claro que esses movimentos vão se repetir, ano que vem é eleição municipal, é uma motivação corporativa e política.”
O governador disse também que adotará “providências” para que as greves não mais se repitam, mas não especificou quais serão elas.
“Vai encerrar a greve de outubro e vão estar planejando a greve de novembro. Qual o limite disso? Se isso não é abuso do direito de greve, não sei o que é. Esse ano já foi negociado reajuste e de novo estamos enfrentando uma greve”, disparou.
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