A inauguração da primeira clínica especializada em Transtorno de Espectro Autista em Mogi das Cruzes abre um novo ciclo de inclusão não só na região do Alto Tietê, mas em todo o Estado e também no Brasil. Um exemplo a ser seguido, um novo olhar sobre os portadores e o início de uma nova era, onde o preconceito e o desrespeito não têm mais vez.
Prova disso são os projetos já em andamento em cidades vizinhas como Suzano, Itaquá, Ferraz, entre outras que voltam seu olhar para a causa, por meio de autoridades e futuros gestores que almejam uma cadeira no Executivo nas próximas eleições.
Iniciativas que envolvam tanto autistas quanto qualquer tipo de portador de dificuldade intelectual ou física precisam ser levadas em conta.
Para se ter uma ideia, em apenas um ano, o número de matrículas de pessoas com TEA no Brasil passou de 429 mil, em 2022, para 636 mil, em 2023. Um aumento representativo de 48%. No mundo, o número de diagnósticos de autismo também aumenta de forma acelerada.
Considerando uma estimativa de 4 milhões de pessoas com TEA no Brasil – estimativa feita com base em dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de 2023, uma em cada 36 pessoas está no espectro do autismo nos Estados Unidos.
E, graças ao trabalho de grupos, ONGs, associações, médicos, mães, entre outros, em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu ao questionário perguntas sobre pessoas autistas. É ou não uma grande evolução? Mas o caminho ainda é longo.
