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Privatização total

Artigo desta edição trata sobre as privatizações que podem acontecer no Brasil
Foto: Divulgação

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Imagine uma empresa que atende 375 municípios, com 28 milhões de clientes e um valor de mercado aproximado de R$ 39,1 bilhões.

No ano de 2022, esta empresa obteve um lucro de R$ 3 bilhões. Se você, dileto leitor, fosse o acionista majoritário dessa empresa, consideraria vendê-la?

Durante essa semana, foi aprovada em primeira votação pela Câmara Municipal de São Paulo a privatização da Sabesp.

Infelizmente, o Brasil está fazendo a lição de casa da escola liberal, ou seja, privatizar o máximo possível.

Com 8.233 km³, o Brasil lidera em reservas de água doce no mundo.

Para entender a relevância política da água, a Rússia, em segundo lugar no ranking mundial, detém 4.507 km³, porém adota práticas que diferem das nossas. Lá, a água é controlada pelo Estado, sendo a Mosvodokanal uma das principais empresas do setor.

Já a China, como a quinta maior potência em água doce, considera a água como um bem estatal e é gerida pelo Conselho de Estado.

O governo dos Estados Unidos da América, em parceria com Elon Musk, está em busca de água em Marte. O objetivo principal não é turismo no planeta vermelho, mas sim, a exploração da água lá presente.

Enquanto diversas ações como essas acontecem pelo mundo, o Brasil continua a vender seus ativos mais valiosos.

No futuro, a água será tão valiosa quanto o petróleo é hoje. Quem controlar a água terá uma vantagem competitiva sobre os demais países.

Recursos naturais, como água, petróleo, gás e minerais, devem ser geridos pelo Estado, já que em um cenário de guerra ou conflito com outras nações, os detentores desses recursos têm uma posição de destaque.

É inquestionável o poder da Rússia, em grande parte proveniente do gás. Caso a Europa decida desafiar o presidente Vladimir Putin, ele poderia simplesmente interromper o fornecimento de gás ao continente europeu, o que afetaria seriamente a região, pois o gás é essencial para fornecer energia, aquecer residências no inverno e manter a indústria funcionando. Isso quer dizer que a Europa é completamente dependente da Rússia.

A China é modelo para diversos líderes brasileiros, que também veem com simpatia o modelo russo.

Chama a atenção o fato de que temos admiração por outras nações, no entanto, nossas ações são diametralmente opostas às delas.

Outros preferem o modelo liberal, no qual o Estado é mínimo e o mercado é se encarrega de tudo. No entanto, essa ideia pode funcionar bem na teoria e principalmente nos países onde queremos adquirir ativos.

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Economista formado na PUC/SP

Reportagens - 33
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