Na última quarta-feira (10), aconteceu a solenidade de início das obras do Centro de Convenções em Ferraz de Vasconcelos. O evento contou com a presença de vereadores, secretários, o vice-prefeito e a prefeita do município, Priscila Gambale (PODE), que autorizou a retomada da obra após 12 anos parada.
A obra custará cerca de R$ 11 milhões e, contratualmente, o tempo previsto para entrega à população é de dois anos. De acordo com a prefeita, a estrutura do local está muito abalada, logo, será necessário refazer essa estrutura dentro do Centro de Convenções e, após a finalização da obra, um teste de carga será realizado para comprovar a segurança do local para os munícipes.
Em relação ao investimento, a prefeita explica que essa obra só poderia ser realizada com um recurso municipal e, caso a construção não fosse finalizada ou demolissem o prédio, a prefeitura teria que devolver por volta de R$ 18 milhões ao Governo Federal. Dessa forma, ficou vantajoso destinar o dinheiro fruto de um empréstimo realizado no ano de 2023 para a entrega do Centro de Convenções à população, ao invés de ter que devolver um valor ainda maior para a Caixa Econômica Federal.
Com isso, toda a cidade ganha, porém, há um destaque para a Secretaria Municipal de Cultura, que juntamente com os artistas locais ganham um espaço para a promoção da cultura, ou seja, para as suas realizações artísticas das mais variadas formas de expressão.
Entretanto, apesar da boa notícia, muitas pessoas ficaram em dúvida se a obra realmente irá ter continuidade, pois no ano de 2022 também foi anunciado este retorno. A GAZETA questionou a prefeita Priscila sobre o assunto e ela fez questão de explicar o que houve de lá para cá e o que fará ser diferente desta vez.
“A empresa que ganhou a licitação no período que iniciou as obras e não conseguiu concluir, procurou a prefeitura para fazer um acordo jurídico, nós aceitamos e a empresa, sem custo nenhum para a prefeitura, iniciou a obra no Centro de Convenções, mas, infelizmente, não conseguiram dar sequência, alegando que não havia recurso para finalizar. Venceu o prazo do contrato e não foi possível finalizar essa obra. Receberam as multas contratuais e, como não havia outra saída, então nós utilizamos o dinheiro do empréstimo já planejado para essa obra. Agora eu tenho controle e consigo cobrar, porque é a prefeitura quem faz os pagamentos devidos”, disse a prefeita.
Por fim, ela ainda destacou que finalizar as nove obras paradas no município é uma prioridade desde o primeiro dia de seu mandato. Entre elas, faltava apenas o Centro de Convenções e as casinhas do Morar Bem, que também estavam com dificuldades jurídicas, porém, a prefeitura conseguiu uma parceria com o Governo do Estado, que se comprometeu em retomar as obras que estavam paradas e já está em processo de publicação de licitação pelo Estado.
