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Mulher: símbolo de luta e resistência

Jornal destaca os perfis de três mulheres que são exemplo no Alto Tietê
Mulheres do Alto Tietê simbolizam a luta do público feminino pelo bem-estar de suas famílias e de toda a sociedade / Foto: Divulgação

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Por Guilherme Alferes e Tatiana Silva

O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela ONU na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

Para fechar o mês trazendo uma homenagem do jornal à data, a GAZETA traz os perfis de três mulheres do Alto Tietê que simbolizam a luta do público feminino pelo bem-estar de suas famílias e de toda a sociedade. Confira abaixo: 

Marilei Schiavi

A luta das mulheres pela igualdade de direitos e reconhecimento pelo seu trabalho deve ser falado não somente em março, o Mês das Mulheres, mas também todos os dias. Pensando nisso, a GAZETA reuniu algumas personalidades do Alto Tietê que, através de suas histórias, irão inspirar outras mulheres.

Uma das mulheres escolhidas foi Marilei Schiavi, jornalista, radialista e âncora do programa Radar Noticioso, da Rádio Metropolitana. A comunicadora possui uma carreira de mais de 30 anos no jornalismo do Alto Tietê e inspira muitas outras mulheres por sua determinação e trabalho.

Marilei teve uma vida simples em sua infância, mas não deixou que isso a abalasse e correu atrás de mudar a sua história.

“Eu fui uma criança pobre, de Suzano, paguei minha faculdade sozinha, pois não tinha nenhum crédito educativo nos anos 1990. Então, naquela época, você estudar, fazer uma faculdade, era muito difícil. Hoje, com a internet, você faz curso online, mas não se imaginava, no final da década de 1980, início de 1990, fazer nada online”, disse Marilei.

Atualmente, a jornalista é sinônimo de referência para muitas mulheres na região por possuir credibilidade e, mesmo em um cenário machista, conquistar o seu espaço.

“Para mulher é sempre mais difícil provar o seu talento e a sua capacidade, e na comunicação não é diferente. Demorou muito para uma mulher assumir o papel de âncora de programa, como foi o meu caso, há 18 anos”, relembrou.

Devemos sempre nos lembrar dos pequenos e grandes feitos realizados por mulheres, não somente no mês de março, mas todos os dias. Como por exemplo, a conquista do voto feminino, reconhecido em 1932 e incorporado à Constituição de 1934.

“Nós não queremos ser melhores, nós queremos ser iguais. Temos os mesmos direitos. A mulher não votava. E mesmo em 1934, no século passado, a mulher votava só se o marido deixasse. Veja como o mundo mudou em 80 anos. Veja como o mundo está diferente. Isso é uma conquista das mulheres. E fazer parte dessa transformação é muito gratificante, porque a comunicação é isso”, finalizou a jornalista.

Larissa Ashiuchi

Para compor a série de reportagens sobre o Mês das Mulheres, a GAZETA convidou a primeira dama de Suzano, Larissa Ashiuchi, que desempenha um papel importante na prefeitura da cidade, como presidente do Fundo Social. 

Larissa, que é Técnica em Eletrônica por formação, desde a faculdade enfrentou diversos desafios, por estar inserida em um universo quase 100% masculino.

“Eu fui estudar Técnica em Eletrônica e só tinha eu de mulher na sala de aula. Então, os desafios já começaram ali. Mas sempre enfrentei isso de uma forma bem natural, porque eu sei da nossa capacidade. Depois, fui estudar Sistemas de Informação. Também era uma sala repleta de homens, só eu e mais a minha colega como mulher”, explicou.

Para ela, uma das maiores questões dentro de algumas empresas é de os homens acharem que as mulheres não são capazes de exercer a mesma função que eles.

“Muitas vezes eles achavam que nós não éramos capazes, mas eu levantava a cabeça e falava, sou capaz e vou enfrentar aquilo que eu quero. E assim trabalhei em uma multinacional durante 16 anos”, disse Larissa.

Na sua carreira, o seu lado social e disposto a ajudar o próximo sempre esteve presente. Larissa está à frente do Fundo Social de Suzano há quase oito anos, mas já desempenhava ações para ajudar o próximo no seu antigo emprego.

“Dentro da empresa onde eu trabalhava, eu exercia atividades voluntárias também, como por exemplo, uma campanha do agasalho, que hoje eu realizo para uma cidade de mais de 300 mil habitantes”, contou.

A luta ainda é grande, e deve ser discutida não somente em março, mas todos os dias.

“Este é um mês de reflexão para que continuemos fortes e unidas. Nós temos, sim, sempre que uma dar as mãos para as outras. Para que a gente consiga estar cada vez mais onde a gente quiser. Seja numa empresa, numa multinacional, num cargo público, político. Porque nós, mulheres, temos a nossa voz. E cada vez mais a gente pode estar empoderadas da maneira que a gente quiser”, finalizou.

Roberta Amaral Degea

De acordo com uma pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2022, no Brasil há mais de 11 milhões de mães solo, ou seja, que criam seus filhos sozinhas. Essa dura realidade se torna ainda mais latente quando a criança em questão é portadora de alguma deficiência.

Exemplo desta luta é o dia-a-dia de Roberta Amaral Degea, 40 anos, itaquaquecetubense que se desdobra para criar seus quatro filhos, todos eles atípicos. Sem qualquer tipo de romantização, ela falou à GAZETA sobre sua longa e complexa história, que precisaria do espaço de um livro para ser contada com fidelidade.

Dentre as batalhas que Roberta trava está a pelos estudos de um de seus filhos, Jorge, 14, que há três anos não frequenta a escola. Ele é cadeirante e não tem conseguido acesso ao transporte público escolar.

A reportagem procurou a prefeitura para entender a situação, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

Endividada e sem conseguir trabalhar, ela relata uma extrema dificuldade para se manter, mas segue lutando pelo acesso a programas sociais, como o Bolsa Família.

No condomínio onde mora, a família também não consegue encontrar paz. Em 2021, um de seus filhos mais velhos foi falsamente acusado de assediar o filho de uma vizinha. Na ocasião, sua palavra – e nem mesmo sua deficiência – não conseguiu impedir que revoltados invadissem sua casa, destruíssem móveis e o espancassem.

O episódio causou tamanho trauma no jovem, de 19 anos, que ele teve de se mudar para a casa dos avós, por temer seu próprio lar. “Ele me ajudava em casa, ajudava o irmão, e hoje não consegue ficar dentro de casa”, lamentou.

E mesmo num momento de alegria, quando grávida de seu caçula, hoje com oito meses, uma bomba: o diagnóstico de câncer, que ela trata da maneira que consegue, conciliando com todos os afazeres.

Assista a entrevista completa no canal do YouTube da GAZETA.

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