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Há 18 anos, regeneração assistida transforma área degrada em reserva ambiental

Parque das Neblinas celebra o 18º aniversário de lançamento oficial ao público | Foto: Bruno Arib

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Deixar a natureza agir sozinha. Foi a partir dessa filosofia que o Parque das Neblinas, reserva ambiental da Suzano gerida pelo Instituto Ecofuturo, conseguiu recuperar a área inaugurada oficialmente há 18 anos, em outubro de 2004, reserva ambiental localizada entre as cidades de Mogi das Cruzes e Bertioga.

Trata-se de uma área que havia sido devastada desde a década de 1940 e que encontrou sua redenção nos anos 1990, quando a empresa, após aquisição do território, deixou de realizar o manejo de eucaliptos na área e começou a fazer o acompanhamento da regeneração natural daquela mata que outrora havia sido extraída.

O grande salto aconteceu no ano de 1999, quando foi criada a ONG Ecofuturo, mantida pela Suzano, que até hoje https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistra o Parque das Neblinas. Cleia Araújo, analista de sustentabilidade da ONG explica que “o encerramento das atividades e o trânsito da fauna colaboraram muito para que a área tenha essa característica hoje”. Ela enaltece a ação da própria natureza como agente transformadora da área. “Foi uma regeneração natural em que apenas se deixou que a natureza fizesse o papel dela de se regenerar”, diz a analista de sustentabilidade.

O único adensamento feito na reserva foi da Palmeira Juçara, espécie de grande importância para o equilíbrio da floresta que alimenta mais de 70 espécies de animais, e que contou com a colaboração dos produtores do entorno no parque. Segundo Cleia Araújo, a https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração comprou junto aos proprietários locais sementes da planta e dispersou por diversos pontos para o repovoamento da palmeira. “Quando a área foi transformada em parque, foi notado que era uma espécie muito importante, mas que não era encontrada, muito em função da extração pelo seu palmito”, explica.

Foto: Bruno Arib

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Taiaçupeba ‘espera viver uma fase melhor’, afirma o https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistrador regional

A relação da Ecofuturo com a comunidade ao redor, em especial do distrito de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes, vai muito além da importante espécie nativa. Por meio do programa Meu Ambiente, a ONG promove ações educativas e oficinas de orientação para beneficiamento das propriedades. Também realiza ações de promoção de sustentabilidade com escolas das redes municipais de Mogi das Cruzes, Bertioga e Suzano.

“Por meio do Parque das Neblinas, o Ecofuturo busca fomentar a transformação, ação que vai muito além de mudanças no uso e ocupação do território, atuando também na transformação das pessoas que interagem conosco. Mais do que uma Unidade de Conservação, entendemos o Parque como uma ‘Unidade de Transformação” diz Paulo Groke, Diretor Superintendente do Ecofuturo.

O Parque é o projeto de sustentabilidade físico mais longevo da Suzano e representa o pioneirismo da empresa em atuar pela conservação de áreas naturais. A reserva é um exemplo ações de Regeneração Natural Assistida: em 2022, foi destaque do WRI Brasil (sigla para World Resources Institute) no estudo “O papel da regeneração natural assistida para acelerar a restauração de florestas e paisagens”, que levantou e sistematizou 24 experiências práticas que adotaram esta técnica de restauração como parte da sua abordagem. Além disso, é reconhecida como Posto Avançado de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pelo Programa Homem Biosfera da UNESCO.

 

NATUREZA SELVAGEM – A recuperação da mata nativa revelou uma série de benefícios para toda a região. A preservação florestal é importante fator para a produção de água uma vez que a vegetação facilita que a água da chuva se fixe no subsolo. Outro elemento fundamental é a absorção de gás carbônico e transformação em oxigênio.

Se para os seres humanos, a regeneração desse pedaço de Mata Atlântica é uma dádiva, mais ainda para os animais silvestres que reapareceram na região após a implantação do parque. De acordo com a Ecofuturo, mais de 1330 espécies de fauna e flora foram catalogadas dentro do Parque das Neblinas. Entre elas, espécies raras e até novas para a ciência, como a formiga “Cylindromyrmex Brasiliensis”.

Além disso, a https://portalgazetaregional.com.br/wp-content/uploads/2023/06/ed440.pngistração do parque possui flagrantes de diversos animais selvagens que vivem na área de proteção. São registros de veados, saguis, catetos, mouriscos e, ainda, uma onça grávida e uma família de onças pardas. Confira alguns flagras:

 

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andre-jesus

Jornalista. Formado em Comunicação Social com habilitação Jornalismo no ano de 2014. Atua como repórter da Gazeta Regional desde abril de 2022. Também é designer gráfico e diagramador do jornal impresso Gazeta Regional desde janeiro de 2017. Em 2014, produziu o documentário "Do Atlântico ao Pacífico: a viagem de ônibus de São Paulo a Lima", disponível no YouTube (https://youtu.be/y0H5XwIsv4c)

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