À frente do Poder Executivo de Salesópolis desde 2017, quando exerceu o seu primeiro ano como prefeito, Vanderlon Gomes (PL) se diz satisfeito com a evolução do município. Embora reconheça que o início da gestão não foi fácil, o liberal entende que, hoje, a cidade chegou a um patamar em que só são necessárias boa vontade e responsabilidade do próximo prefeito. Confira os principais trechos da entrevista a seguir:
GAZETA: A cidade está comemorando 186 anos, dos quais o senhor está chegando ao oitavo como prefeito de Salesópolis. A cidade evoluiu de lá para cá?
Vanderlon Gomes: Primeiramente eu agradeço a oportunidade de estar na condição de prefeito da cidade, comandando esse município por oito anos, com muita dedicação, com muita vontade de buscar cada vez mais o melhor para a nossa população. E faço uma breve reflexão das dificuldades que enfrentamos em 2017 e a evolução que tivemos até aqui, em 2024.
Em 2017 (primeiro ano de mandato) nós passamos por muitas dificuldades. A maior dificuldade era a financeira, pois tínhamos um problema sério na questão da arrecadação e outra dificuldade muito séria na questão dos investimentos. Ou seja, não tinha como investir porque tínhamos um problema muito sério na arrecadação, além das dívidas.
Mas graças a Deus, graças a uma boa equipe, conseguimos evoluir. Principalmente por conta do apoio que nós tivemos dos nossos deputados aqui da região, de forma especial o deputado federal Marcio Alvino e do deputado estadual André do Prado, que hoje ocupa a presidência da Assembleia Legislativa.
Também tivemos um grande apoio de demais deputados, como à época o deputado Marco Bertaiolli, o deputado Damasio, que são deputados muito próximos da nossa administração e que trouxeram muitos recursos para que nós possamos alavancar o nosso município. Não posso esquecer também do deputado Estevam Galvão, que também sempre teve um olhar especial para Salesópolis.
GAZETA: Ou seja, a parceria com deputados é fundamental para a evolução da cidade?
Vanderlon: Às vezes, a maior dificuldade do gestor é ter essa articulação, buscar recursos para investimentos. E com o apoio dos deputados nós conseguimos fazer uma transformação orçamentária, multiplicando o nosso orçamento. Assumi a prefeitura, em 2017, com um orçamento muito enxuto, de R$ 37 milhões. No ano passado, passamos de R$ 95 milhões. Então, a evolução que tivemos é evidente.
Também preciso reconhecer o apoio do Governo do Estado, pois todos os governadores com os quais eu tive a oportunidade de trabalhar – o governador Geraldo Alckmin, o governador Márcio França, o governador Doria, o governador Rodrigo Garcia e, agora, o governador Tarcísio – nos apoiaram.
E do Governo Federal, posso aqui dizer que no período do governo Jair Bolsonaro, Salesópolis foi muito prestigiada, principalmente quando a gente tinha as necessidades da saúde.
Foi um período em que, embora todos nós estivéssemos muito apreensivos, até com aquele risco na queda da receita, da arrecadação, mas o presidente, naquela época, teve uma sensibilidade nunca vista, em lugar nenhum, para transferência de recursos. Para ajudar os municípios, seja de grande, média e pequeno porte, ou seja, com um olhar mesmo como gestor público, olhando para as cidades pequenas da mesma maneira que ele olhava para a capital.
Então, a nossa gratidão ao nosso presidente Bolsonaro por tudo que ele fez para Salesópolis.
GAZETA: O senhor acredita que o município chegou a um nível que, daqui para frente, é só manter a evolução?
Vanderlon: Se fizermos um comparativo, o município de 2019 para trás e o município de 2019 para cá, vemos uma grande diferença, uma grande evolução em tudo o que conseguimos fazer.
Eu acho que o maior desafio do nosso município era a gente conseguir equilibrar a questão administrativa e financeira. Esse era o maior desafio. Passei por dificuldades enormes aqui nos três primeiros anos de governo, mas consegui ajustar a máquina.
GAZETA: Qual é o segredo para que o município continue avançando?
Vanderlon: Continuidade. Continuidade. Não tem outro caminho. Digo isso com exemplos, não estou dizendo isso porque está na minha cabeça. Isso é da prática.
O município de Mogi das Cruzes teve um período governado por Junji Abe, depois Marco Bertaiolli, depois Marcus Melo, todos do mesmo grupo. Aí agora, veio o prefeito Caio Cunha. Aí você vê que dá uma interrompida no sistema administrativo e financeiro. Embora a gente saiba que cada um está fazendo o seu trabalho.
Aí você pega Guararema. Todo mundo compara Salesópolis com Guararema. Mas quantos anos Guararema é administrada pelo mesmo grupo político? Todos já sabem exatamente o que tem que fazer.
Ou seja, você não fica interrompendo a todo momento. Porque um dos maiores problemas é que quando a gente troca um governador, um prefeito, a gente não está trocando apenas a figura chefe do Executivo, mas toda a equipe. Imagina dentro de uma empresa, se a cada quatro anos trocassem toda a diretoria? Você imagina o desgaste que é até as pessoas saberem como que está, onde que deve ir, com quem falar? Então, isso traz um desgaste, demora muito, e quem perde com isso é a nossa sociedade, é o município.
GAZETA: Qual o maior sucesso de suas duas gestões como prefeito?
Vanderlon: O principal sucesso dos meus mandatos foi buscar sempre a união dos poderes, a humildade e muito trabalho, além do apoio no geral, da população, da Câmara de Vereadores e dos nossos deputados.