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Delegado Da Cunha é acusado de espancar mulher até ela desmaiar

De acordo com Betina Grusiecki, o deputado bolsonarista a enforcou e bateu com sua cabeça na parede diversas vezes; ele nega as acusações
O policial e deputado bolsonarista coleciona acusações de violência
O policial e deputado bolsonarista coleciona acusações de violência - Foto: Reprodução

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Nesta terça-feira (17), o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP), o Delegado Da Cunha, foi intimado com uma medida protetiva a pedido de sua companheira, a nutricionista Betina Grusiecki, que o acusa de tê-la agredido até desmaiar no último sábado (14). O político e ex-policial civil nega as acusações.

De acordo com a mulher, o casal comemorava o aniversário de 46 anos de Da Cunha quando iniciaram uma desavença e ele, alcoolizado, começou a proferir uma série de ofensas, como “putinha” e “lixo”, contra ela. A situação escalou até o ponto em que o policial partiu para a violência física, a enforcando e batendo sua cabeça contra a parede.

Tamanha a violência que a vítima chegou a desmaiar. Ela relata também que, após reacordar, tentou revidar atirando um secador contra ele, que retomou as agressões.

Além dos ataques corporais, o boletim de ocorrência registra que Da Cunha também quebrou um óculos de Betina, além de ter jogado cloro em suas roupas para que estragasse a coloração dos tecidos. Segundo a vítima, ele chegou a também ameaça-la de morte, assim como sua mãe.

“Vou encher de tiros sua cabeça. Vou te matar e matar sua mãe”, teria dito Da Cunha.

Ouvido pela polícia, o deputado negou as agressões físicas, mas admitiu os danos às roupas de Betina. “O declarante deseja registrar que tem ciência da decisão que deferiu as medidas protetivas de urgência, e que, com o fim de evitar novos conflitos, se mudou definitivamente para São Paulo, e que está disposto a ressarcir eventuais danos materiais causados, com relação a artigos de vestuário de Betina”, diz trecho do Boletim de Ocorrência.

Histórico nefasto

Essa não é a primeira vez que o bolsonarista é acusado de violência doméstica, tampouco que tem problemas judiciais.

Em 2016, sua ex-esposa, a advogada Camila Rezende da Cunha, o acusou de agressões físicas e psicológicas. Um “histórico de violência doméstica”, segundo ela. De acordo com a denúncia, o estopim para sua decisão de processá-lo foi uma ameaça de morte feita por ele em um restaurante, na frente do filho do casal – então com três anos.

À época, Camila relatou ter ouvido a mesma ameaça que Da Cunha fez a Betina, de que atiraria em sua cabeça.

Futuramente as acusações foram retiradas e a advogada passou a negar que foi agredida. A investigação que se iniciou com a denúncia, no entanto, colheu depoimentos de testemunhas – vizinhos do casal na cidade de Santos – que disseram terem presenciado um episódio de agressão da parte de Da Cunha em 2014.

Segundo as testemunhas, o deputado desferiu uma série de socos contra a mulher no meio da rua, além de seguidas ofensas e ameaças de morte, até que ele, armado, a fez entrar em um carro dizendo que a mataria e, logo após arrancar com o veículo, foi possível ouvir um disparo.

Assustados, os vizinhos acionaram a polícia, que logo interceptou o carro e constatou que o tiro não havia atingido Camila. Da Cunha alegou ter disparado acidentalmente.

O deputado chegou a responder um processo administrativo por ter atirado em via pública, mas foi absolvido e teve sua arma devolvida.

Em 2022, Da Cunha, que ainda não havia sido eleito ao Congresso Nacional, chegou a ser afastado da Polícia Civil por supostamente xingar colegas e forjar prisões. As acusações são de que ele faria isso para filmar, utilizar as imagens nas redes sociais e assim ganhar fama e projeção política.

Em julho deste ano ele teve seu distintivo e sua arma mais uma vez devolvidos.

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