A Justiça absolveu o vereador de Mogi das Cruzes Carlos Lucarefski (PV) das acusações de corrupção passiva, extorsão e participação em um suposto esquema de “rachadinha” envolvendo assessores. A 1ª Vara Criminal proferiu a sentença, encerrando o processo que investigava supostos repasses ilegais de horários de servidores entre 2013 e 2014.
O Ministério Público pedia a condenação de Lucarefski por supostamente exigir parte dos vencimentos dos assessores Robson Aparecido Espírito Santo, Vera Lúcia Cardoso Machado e Tisuko Uemura, que trabalhavam em seu gabinete. No entanto, o juiz do caso concluiu que as provas apresentadas eram insuficientes para condenar o ex-vereador e os demais acusados.
As investigações começaram após denúncias de que Lucarefski exigia R$ 1 mil mensais de assessores, sob ameaça de demissão. Marcos Paulo Goveia, uma das testemunhas, afirmou que era obrigado a fazer os pagamentos durante dois meses e, ao recusar continuar, perdeu o emprego. O esquema teria envolvido também familiares do ex-vereador. Entre eles, Vera e Tisuko, sogras de seus filhos, que, segundo a acusação, recebiam salários sem comparecer à Câmara.
Durante o julgamento, a defesa alegou que as acusações não passavam de perseguição política, resultado de disputas internas no partido. Lucarefski negou qualquer prática de corrupção, afirmando que nunca recebeu dinheiro de seus assessores. O juiz, ao analisar as provas, considerou os depoimentos inconsistentes e absolveu todos os réus, encerrando o processo sem condenação.