Nesta terça-feira (19) a situação do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) com a justiça se complicou um pouco mais. Desta vez ele foi indiciado pela Polícia Federal no caso em que é acusado de mandar falsificar sua carteira de vacinação contra a Covid-19 para poder sair do Brasil assim que perdeu as eleições de 2022.
De acordo com a investigação, já há indícios suficientes para que ele responda na justiça pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações, também conhecido como “peculato digital”. O primeiro tem pena prevista de 1 a 3 anos de prisão, enquanto o segundo, de 2 a 12 anos.
Além das provas obtidas, a PF incluiu aos documentos do indiciamento (que foram enviados ao Ministério Público) trechos da delação do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, em que ele não só confirma o caso, como acusa o ex-Presidente de ter ordenado tudo. Cid também foi indiciado.
Segundo Cid, os documentos falsos foram impressos dentro do Palácio do Alvorada, residência oficial do Presidente.
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, 15 pessoas foram indiciadas pelo caso, entre militares, servidores públicos e políticos, como o deputado federal carioca Gutemberg Reis (MDB).
Após publicação do portal G1, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, se manifestou chamando a publicação da notícia de “lamentável”, mas sem se manifestar sobre o indiciamento em si.