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Ministério Público revela influência do PCC nas entranhas do Alto Tietê

Entenda a investigação que expôs corrupção e fraudes em licitações
Operação faz parte de uma investigação do Ministério Público I Foto: André Jesus

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O amanhecer da terça-feira (16) fez com que toda a classe política do Alto Tietê passasse o período da manhã “na ponta dos pés”. Isto porque foi deflagrada a Operação Munditia, conduzida pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, que cumpriu mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado, sendo a maior parte delas no Alto Tietê, com inclusive dois vereadores da região presos: o vereador e pré-candidato a prefeito de Santa Isabel Luiz Carlos Alves Dias (MDB), o Luizão Arquiteto, e o vereador de Ferraz de Vasconcelos Flavio Batista de Souza, (PODE), o Inha.

A operação faz parte de uma investigação do Ministério Público acerca de fraudes em processos licitatórios, em que empresas ligadas ao PCC supostamente subornavam políticos e servidores municipais para, num jogo de cartas marcadas, firmarem contratos milionários com Câmaras e Prefeituras e, assim, financiarem a facção criminosa.

De acordo com a promotora Flávia Torres, a ação dos criminosos se dividia em três eixos: corrupção de agentes públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Sem maiores detalhes sobre a investigação, o promotor Yuri Fisberg, chefe da operação, revelou que apenas um dos contratos investigados movimentou cerca de R$ 200 milhões.

Das 13 cidades onde foram constatados contratos suspeitos, a grande maioria deles relacionados à limpeza, seis são no Alto Tietê: as já citadas Ferraz e Santa Isabel, e Mogi das Cruzes, Guararema, Poá e Arujá. Completam a lista Guarulhos, Santos, Guarujá, Cubatão, Itatiba, Sorocaba e Buri.

Foram realizadas diligências em seis prefeituras, cinco câmaras, 10 conjuntos comerciais e 21 residências.

A GAZETA teve acesso à decisão judicial expedida no início deste mês pela juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, em que ela autoriza as ações de busca e apreensão concretizadas. Nela, a magistrada destrincha parcialmente algumas descobertas da investigação até o momento.

O trabalho teve início a partir de uma denúncia anônima em relação a um pregão realizado pela prefeitura de Guarulhos, em fevereiro de 2023, que estaria direcionado para favorecer um grupo de empresas ligadas a Vagner Borges Dias, um pagodeiro e político de Suzano conhecido como Latrell Brito e que supostamente seria membro da facção.

Latrell, personagem central da história, segue foragido. Ele é dono da “Vagner Borges Dias M.E”, mas é apontado como chefe de uma espécie de cartel, em que empresas como a “MOVA Empreendimentos”, a “JAVA Comercial e Serviços”, “C.J.M Comercial e Utilidades”.

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