O modo como se deu a eleição de André do Prado (PL) para a presidência da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), com uma ampla frente partidária de apoio que incluiu até agremiações de oposição, gerou um certo espanto em parte da população, principalmente setores da esquerda. No entanto, de acordo com o que apurou a GAZETA, o motivo principal para tal foi, além da proporcionalidade, o bom trânsito que o agora presidente tem em todos os setores da Casa.
O próprio candidato derrotado por André do Prado no pleito, Carlos Gianazzi (PSOL), corrobora com a informação. Ele faz duras críticas ao PL, com quem se recusa a fazer alianças, mas reconhece a boa capacidade de diálogo do novo presidente: “Ele é uma pessoa de diálogo, nunca foi truculento, então, do ponto de vista pessoal, nós vamos distencionar a Alesp. É uma pessoa que eu respeito muito, conheço há anos, é uma pessoa séria.”
Eduardo Suplicy (PT) concordou com Gianazzi e destacou a abertura do presidente eleito para debater pautas da oposição antes mesmo de ser eleito. “Nós já estamos tendo um diálogo construtivo e eu inclusive falei que espero que ele venha a abraçar a causa da Renda Básica de Cidadania e ele disse que quer aprovar o projeto”, disse.
Márcio Nakashima (PDT), por sua vez, destacou a experiência de André como motivo para seu voto. “Ele é um veterano na Casa, conhece as necessidades dos deputados e assumiu o compromisso de defender a autonomia do parlamento, por isso depositei meu voto de confiança nele”, completou.