Noite de agito geral revoltou as populações das duas cidades, que ainda choram os seus mortos
Por Aristides Barros / Foto: Divulgação
A vereadora e segunda secretária da Câmara Municipal de Santa Branca, Kalisa Teixeira e Silva Monteiro Lobato (PL), a Kalisa do Jota, foi outra “ilustre” convidada na festa em Salesópolis que teve a participação de três vereadores do município, o que fez explodir a revolta dos salesopolenses, tendo em vista que a Covid-19 já matou 56 pessoas na cidade, deixando enlutadas várias famílias e amigos das vítimas levadas pela doença. Salesópolis está sob o decreto da pandemia que proíbe a realização de festas e eventos.
Em Santa Branca, a situação é idêntica e, até terça-feira (20), a cidade tinha o registro de 36 óbitos decorrentes de Covid-19. Destaca-se que os números são repassados ao Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) pela Secretaria de Saúde de Santa Branca. A doença preocupa as autoridades e profissionais de Saúde santabranquense, que se desdobram no controle e combate ao coronavírus.
Por isso, a participação da vereadora Kalisa do Jota na festa salesopolense gerou revolta entre os santabranquenses. No caso dela, a fúria é porque Kalisa integra a Comissão Temporária de Covid da Câmara de Santa Branca, que é presidida pelo vereador Jorge Luiz Sousa Miranda (REDE), o professor Jorge Luiz. A comissão foi instituída para fiscalizar e até autuar ações contrárias às normas de controle e combate ao coronavírus que também assola Santa Branca.
O jornal falou com o vereador Professor Jorge Luiz sobre o caso e ouviu dele que a Câmara de Santa Branca está em recesso e, após a volta dos trabalhos do Legislativo, que acontece no dia 2 de agosto, é que será discutido o ‘Caso Kalisa’.
Silêncio da vereadora
Para saber a versão da parlamentar no episódio, a reportagem tentou contatos telefônicos e por meio do WhatsApp, mas não obteve retorno de Kalisa do Jota. Segundo informações, após o caso vir a público a vereadora deixou de ser vista na cidade. “Não está mais nem saindo de casa, ficava na rua direto andando de caminhonete e agora ninguém vê ela”, disse um morador sob a condição de anonimato.
Em Salesópolis, informações dão conta de que a festa dos vereadores teria sido levada ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), que deve partir para a investigação minuciosa do ocorrido.
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