Na última terça-feira (16), aconteceu o leilão da concessão de 213km de rodovias do Lote Litoral Paulista, que liga o Alto Tietê ao litoral sul, para definir a empresa responsável por essas obras. Com um lance vitorioso, o consórcio Novo Litoral, liderado pela CBI (Companhia Brasileira de Infraestrutura), se tornou a responsável.
Com um prazo de 30 anos, a concessão prevê um investimento de R$4,3 bilhões para a realização de obras estruturais, melhorias e a implantação de pedágios sem cancela, também conhecido como sistema free flow, nas rodovias SP-055 (Rodovia Padre Manuel de Nóbrega), SP-088 (Mogi-Dutra) e SP-098 (Mogi-Bertioga).
Na Mogi-Dutra, que recebe cerca de 54,9 mil veículos diariamente, o projeto prevê a tão esperada faixa adicional entre a SP-070 e Mogi das Cruzes, instalação de acostamentos e passarelas, assim como, a duplicação de trechos que passam pelo município de Mogi.
Além disso, segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos, as obras de duplicação na Estrada do Evangelho Pleno, conhecida como Estrada do Pavan, também estão previstas como investimentos contingentes, ou seja, serão executadas por TAM (Termo Aditivo e Modificativo), caso a prefeitura assine o convênio necessário.
Já a Mogi-Bertioga, possui um fluxo diário médio de 11,6 mil veículos e, de acordo com o projeto, deve ganhar faixas adicionais, rampas de escape e novos acostamentos.
Em relação aos pedágios, a GAZETA questionou a gestão do município de Arujá e Mogi para saber se medidas serão ou estão sendo tomadas em relação ao assunto. O prefeito de Arujá, Luis Camargo (PSD), o Dr. Luis Camargo, disse que vai pleitear, junto ao Governo do Estado, a postergação do início da cobrança de pedágio na praça que será instalada no perímetro do município arujaense.
“Nós entendemos que é injusto o Governo do Estado cobrar a tarifa em Arujá antes de ao menos iniciar as obras de conclusão da duplicação da Rodovia Mogi-Dutra no nosso município. Além disso, também vamos levar ao Estado um pedido de isenção aos moradores do Jardim Via Dutra e entorno, uma vez que a rodovia corta esses bairros”, antecipou.
Por outro lado, a Prefeitura de Mogi reforçou sua posição contrária a instalação dos pedágios e disse que continuará trabalhando juridicamente na tentativa de barrar a medida, defendendo os interesses da população e das forças produtivas do município. Até o momento, são quatro frentes já instauradas, sendo três ações no Poder Judiciário e outra no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Ao todo, serão mais de 90 km de duplicações, 10 km de faixas de ultrapassagem e 47 km de acostamentos, construção de 73 km de ciclovias e 27 novas passarelas para passagens de pedestres. Além disso, a concessão prevê serviços como atendimento por equipes de socorro mecânico, guincho, primeiros socorros , monitoramento das rodovias por sistemas de câmeras e, apesar de ter um prazo de 30 anos para a conclusão, 80% das duplicações serão feitas nos primeiros cinco anos da concessão.
