Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Federal realizou uma operação para prender agentes da Polícia Rodoviária Federal que atuaram durante o segundo turno das eleições de 2022 de modo que foi considerado prejudicial ao livre exercício do voto em locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era favorito. Dentre os presos está o ex-Diretor Geral do órgão, Silvinei Vasques.
A investigação que levou às prisões ocorre por conta da onda de blitz realizada pela PRF principalmente na região Nordeste no dia 30 de outubro. Na ocasião surgiram diversas acusações sobre a atuação dos agentes em diversas estradas, com pessoas alegando indiscriminada diferenciação entre eleitores que se autodeclaravam petistas em detrimento dos bolsonaristas.
De acordo com o que apurou a jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, entre os dias 28 e 30 de outubro foram fiscalizados 2.185 ônibus no Nordeste e apenas 571 no Sudeste.
Silvinei, que já havia declarado voto em Jair Bolsonaro (PL), foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sobre a operação e ordenado que elas fossem suspensas, sob pena de prisão de Silvinei. A ordem foi descumprida.
As acusações contra o ex-diretor da PRF são de prevaricação, violência política e impedir ou atrapalhar a votação. Além de Silvinei, outros sete ex-membros da cúpula do órgão também estão sendo alvos da operação.