A decretação, pelo Governo do Estado, do estado de emergência e os esforços dos municípios do Alto Tietê para conter o avanço do Aedes aegypti são medidas elogiáveis de enfrentamento de um desafio que não pode ser negligenciado. Entretanto, o combate à dengue e outras arboviroses é uma responsabilidade compartilhada.
Enquanto governos estadual e municipais intensificam ações, como mutirões de limpeza, vistorias e campanhas de conscientização, é fundamental que a população assuma seu papel nessa batalha. A eficácia das medidas depende, acima de tudo, da participação ativa de cada cidadão.
Como mostra reportagem de Felipe Alves nesta edição, a GAZETA revela que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e os municípios têm atuado no combate ao mosquito, no diagnóstico precoce e na hidratação adequada dos pacientes. Municípios como Mogi das Cruzes já implementaram ferramentas inovadoras, como o “Zap Dengue”, e promovem operações de descarte de objetos que possam acumular água.
No entanto, os números ainda preocupam. A baixa cobertura vacinal e o reduzido número de imóveis vistoriados mostram que há muito a ser feito. Como revela a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Tatiana Lang, a conscientização é a medida mais eficaz. E ela está certa.
Mas a mudança começa em casa. Vedar caixas d’água, limpar calhas, evitar acúmulo de água em pneus, garrafas e vasos são ações simples que salvam vidas. O mosquito se reproduz onde há descuido, e é justamente aí que a população precisa agir. A mudança real começa no quintal de cada um de nós.